O cérebro, a máquina mais complexa do corpo humano, precisa de cuidados diários para se manter saudável e funcional. Segundo um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália, citado pelo BestLife, as doenças que afetam o cérebro e o sistema nervoso causam mais mortes e problemas de saúde a nível global do que doenças cardiovasculares ou cancros. Felizmente, mudanças simples na rotina podem reduzir significativamente o risco de problemas neurológicos
O poder do exercício físico
Um dos hábitos mais eficazes para proteger o cérebro é o exercício físico. Joyce Gomes-Osman, personal trainer, defende a prática diária de pelo menos 30 minutos de atividade física, ressaltando que os benefícios vão muito além do corpo. “O exercício mantém e melhora a saúde do corpo, expandindo os pulmões, acelerando a circulação e promovendo o crescimento dos músculos e dos ossos”, afirma.
O impacto do exercício também é notável no cérebro. “O exercício pode contribuir para o crescimento do cérebro e para o desenvolvimento simétrico das faculdades mentais”, reforça a treinadora. Estudos da Alzheimer’s Society indicam que pessoas que se exercitam regularmente têm até 20% menos probabilidades de desenvolver demência.
Aaron Bonner-Jackson, neuropsicólogo, destaca ainda que o exercício beneficia o hipocampo, uma região cerebral crucial para a memória, além de ajudar a controlar os efeitos negativos do stress.
A alimentação como aliada do cérebro
Além do exercício, uma alimentação balanceada também desempenha um papel essencial. Certos alimentos, apontados pelos médicos David M. Brady e Joseph Mercola, ajudam a combater o declínio cognitivo:
Ovos: ricos em colina, um nutriente essencial para a saúde cerebral.
Peixes gordos: como atum, sardinha, cavala e arenque, conhecidos por melhorar a função dos neurónios.
Vegetais de folhas verdes: fontes de vitamina K e magnésio, essenciais para a saúde cerebral.
O que evitar para proteger a mente
Tão importante quanto saber o que consumir é estar ciente do que evitar. Certas bebidas podem ser prejudiciais à saúde cognitiva, segundo o médico Ralph Waldo e a dietista Lisa Richards:
Sumos artificiais: carregados de açúcar e aditivos que prejudicam a memória.
Batidos industrializados: ricos em gorduras e açúcares não saudáveis.
Bebidas dietéticas: que frequentemente contêm aspartame, um potencial vilão para a cognição.
Álcool em excesso: com impactos graves e de longo prazo no cérebro.
Bebidas desportivas: com doses excessivas de açúcar, associadas a obesidade e diabetes tipo 2.
Cuidar da saúde cerebral exige comprometimento com hábitos saudáveis e consistentes. O equilíbrio entre exercícios físicos, alimentação nutritiva e a exclusão de alimentos e bebidas prejudiciais pode transformar a qualidade de vida. Afinal, investir no cérebro é garantir longevidade e bem-estar.
Seja proativo e coloque essas dicas em prática. Seu cérebro – e sua saúde em geral – agradecerão.