Quarta-feira,Outubro 23, 2024
14.4 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Diploma promulgado pelo Presidente da República não satisfaz os sindicatos dos professores. “É um presente envenenado”

O Presidente da República promulgou o decreto-lei do Governo que coloca nos quadros da administração pública, que regula os concursos para seleção e recrutamento dos professores do pré-escolar, dos ensinos básico e secundário. Os sindicatos dizem que “é um presente envenenado”.

Diploma promulgado pelo Presidente da República não satisfaz os sindicatos dos professores. "É um presente envenenado"
DR

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, nesta segunda-feira, o diploma sobre o concurso de professores, sublinhando que “adiar a promulgação ou recusar essa promulgação representaria adiar as expectativas de cerca de oito mil professores, além de deixar sem consagração legal algumas das suas reivindicações pontuais, aceites pelo Governo”.

O primeiro-ministro António Costa reagiu no Twitter: “O Decreto hoje promulgado pelo Presidente da República é uma importante notícia para a estabilidade da vida dos docentes. Com este diploma milhares de professores vão finalmente ser vinculados. Para muitos acabarão os dias da casa às costas. Avançamos com o fim da precariedade, através da vinculação dinâmica – e sem ultrapassagens – de quem complete 1095 dias de serviço. Continuaremos a trabalhar para dignificar a carreira docente”.

Diploma promulgado pelo Presidente da República não satisfaz os sindicatos dos professores. "É um presente envenenado"
DR

Mas, nos sindicatos, a promulgação deste diploma não foi recebida com entusiasmo nem com sinais de estabilidade. André Pestana, do Sindicato de Todos os Professores (STOP), diz que ” isto não me parece de todo estabilidade”. E explica que “estes oito mim teriam que ser, mais cedo ou mais tarde, vinculados. Um professor que fique vinculado este ano, mas no próximo ano letivo vai ser obrigado a concorrer a todo o país. É um presente envenenado”.

- Publicidade -

O secretário-geral adjunto da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Francisco Gonçalves considera também que as propostas do Governo “não respondem claramente aos anseios dos professores, tais como a mobilidade por doença ou o descongelamento das carreiras”.

“As três propostas apresentadas pelo Governo até ao momento, como a mobilidade por doença, concursos, e aquilo que chamaram de correção das assimetrias, que tem a ver com o descongelamento das carreiras, não respondem, claramente, àquilo que são as reivindicações dos professores, “disse Francisco Gonçalves, que se juntou à luta dos professores que anda esta segunda-feira em Bragança.

Diploma promulgado pelo Presidente da República não satisfaz os sindicatos dos professores. "É um presente envenenado"
DR

Marcelo Rebelo de Sousa, no comunicado da presidência, antecipou a resposta aos sindicatos e ao Governo. “Quanto ao presente diploma, foram formuladas várias sugestões e, também, apresentada proposta concreta sobre a vinculação dos professores, no sentido de a tornar mais estável, sem, com isso, introduzir desigualdades adicionais às já existentes”. O Presidente diz esperar que “o diálogo com os professores prossiga, nomeadamente quanto ao futuro dos professores agora vinculados por um ano, assim como quanto à recuperação faseada do tempo docente prestado e ainda não reconhecido”.

“Importa que o ano letivo de 2023-2024 não fosse, ao menos para alguns alunos e famílias, mais um ano acidentado, tal como foram, por razões muito diversas, os três que o precederam”, remata Marcelo no mesmo comunicado.

 

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

A Castanha Portuguesa

Teatro ‘Sob a Terra