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Irão Intensifica Capacidades Nucleares e Desafia Comunidade Internacional

O Irão permanece como o único Estado sem armas nucleares a enriquecer urânio até ao elevado nível de 60%, próximo do grau de qualidade militar, enquanto continua a acumular grandes reservas de urânio

A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) anunciou esta quinta-feira que o Irão continua a expandir as suas capacidades nucleares. Este anúncio surge uma semana após o Conselho de Governadores da AIEA ter aprovado uma resolução criticando a falta de cooperação de Teerão.

Num comunicado da AIEA, foi revelado que Teerão informou estar a instalar mais estruturas para enriquecimento de urânio nas instalações de Natanz e Fordow. Uma fonte diplomática classificou este desenvolvimento como “moderado”.

A resolução apresentada pelo Reino Unido, França e Alemanha, que enfrentou a oposição da China e da Rússia, foi a primeira do género desde novembro de 2022. Esta resolução, descrita por Teerão como “precipitada e imprudente”, surge num contexto de impasse sobre as atividades nucleares do Irão e receios ocidentais de que Teerão esteja a tentar desenvolver uma arma nuclear, algo que o Irão nega.

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Apesar de simbólica nesta fase, a moção visa aumentar a pressão diplomática sobre o Irão, podendo remeter a questão para o Conselho de Segurança da ONU. No passado, resoluções semelhantes levaram Teerão a retaliar, retirando câmaras de vigilância e outros equipamentos das suas instalações nucleares e intensificando as atividades de enriquecimento de urânio.

A AIEA destacou que o Irão acelerou significativamente o seu programa nuclear e possui agora material suficiente para produzir várias bombas atómicas. A República Islâmica tem vindo gradualmente a quebrar os compromissos assumidos no acordo nuclear de 2015, assinado com as potências mundiais.

Esse acordo, que permitiu o levantamento das sanções económicas ocidentais em troca da limitação do programa nuclear iraniano a fins pacíficos, começou a deteriorar-se após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, durante a presidência de Donald Trump, que reimpôs as sanções a Teerão.

A continuidade das atividades nucleares do Irão e a acumulação de reservas de urânio a níveis alarmantes representam um desafio crescente para a comunidade internacional, levantando questões sobre a eficácia das atuais abordagens diplomáticas e a necessidade de uma resposta mais robusta para evitar uma potencial escalada nuclear na região.

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