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Jantar de líderes da UE acabou sem acordo, mas Costa mantem-se na corrida

Um português poderá voltar a ocupar um dos cargos de topo nas instituições da União Europeia (UE), tema em debate num jantar informal dos chefes de Estado e de governo, segunda-feira, em Bruxelas. Luís Montenegro passou o dia a defender António Costa para a presidência do Conselho Europeu (EUCO), mas a sua família política tinha outras prioridades. O Partido Popular Europeu não só quer ver garantido o apoio dos socialistas a Von der Leyen antes de validar Costa, como avançou com a rotação da presidência do EUCO entre os socialistas e o PPE, dois anos e meio para cada um. Uma proposta que não agradou nem ao chanceler alemão, Olaf Scholz, nem ao chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.

O jantar informal de líderes da União Europeia terminou esta segunda-feira sem acordo, numa primeira discussão que será retomada na próxima semana sobre quem vai ocupar os quatro cargos de topo no próximo mandato.

Os chefes de Estado e de Governo da UE reuniram-se em Bruxelas pela primeira vez desde as eleições para fazer um balanço dos resultados e discutir potenciais candidatos a três cargos de topo: o Presidente da Comissão Europeia, o Presidente do Conselho Europeu e o Chefe de Política Externa da UE.

O atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, adiantou aos jornalistas que ainda há muito mais a discutir. “Foi uma boa conversa, vai na direção certa, mas não há acordo esta noite nesta fase. Os partidos políticos estão a desempenhar um papel nesta matéria neste momento. Eles fizeram propostas, e teremos a oportunidade nos próximos dias para trabalhar mais e preparar as decisões que precisamos de tomar”, afirmou.

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Como referem fontes diplomáticas, o impasse mantém-se depois de o Partido Popular Europeu ter pedido que a presidência do Conselho Europeu fosse dividida entre socialistas e PPE, com 2 anos e meio para cada um.

A ideia não agrada aos socialistas. Outra fonte dá conta de que a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, “também não está satisfeita” com a solução apresentada. Itália tenta na negociação conseguir uma vice-presidência da Comissão e uma pasta económica para o próximo comissário italiano.

Depois do jantar de líderes, os negociadores das várias famílias políticas tiveram uma breve reunião. Participaram os primeiros-ministros da Grécia e da Polónia (PPE), o Presidente francês (liberal) e o chefe de Governo espanhol (pelos socialistas). As conversações vão continuar durante a semana.

Fonte diplomata envolvida nas negociações explicou à Lusa que “muitos líderes no Conselho Europeu querem ver um programa antes de chegarem a acordo sobre os nomes”.

Este foi o início oficial de um debate sobre os cargos de topo da União Europeia (UE) que vai culminar com uma decisão na cimeira europeia ordinária da próxima semana, confirmou Charles Michel – em cima da mesa estão os nomes de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, o de Ursula von der Leyen e o de Roberta Metsola para segundos mandatos na Comissão Europeia e no Parlamento Europeu, respetivamente, e o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária.

Este jantar informal dos líderes da UE sobre os cargos de topo no próximo ciclo institucional, entre 2024 e 2029, decorreu uma semana depois das eleições europeias, que deram vitória ao Partido Popular Europeu (PPE), seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) e dos liberais do Renovar a Europa.

A fonte europeia adiantou à Lusa que, na noite de segunda-feira, “os três partidos apresentaram os três primeiros candidatos”, incluindo o nome de António Costa para o Conselho Europeu.

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