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NATO preocupada com segurança na Europa

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O centro de gravidade da NATO deixou de estar apoiado unicamente na defesa da Ucrânia e passou a um novo patamar em que a defesa do território europeu, pertencente aos membros europeus da NATO, está a merecer atenção e planeamento sérios por parte dos chefes de estratégia e logística da Aliança. Estas são as duas grandes linhas a partir das quais se vão aferir os sucessos do encontro que assinala os 75 anos da organização.

Esta cimeira deve ficar marcada por dois pontos principais: a consolidação do esforço coletivo dos Estados-membros para a Defesa da Ucrânia e uma aposta mais séria nos planos de defesa do próprio espaço NATO.

Aliás, isso mesmo foi dito pelo presidentn dos Estados Unidos, Joe Biden, no início da reunião do Conselho Atlântico Norte, esta quarta-feira em Washington, ao reafirmar que a Aliança Atlântica está mais forte do que alguma vez já foi e também ao destacar a importância de fortalecer e modernizar a capacidade de defesa dos vários países. “Vamos defender cada centímetro da NATO e vamos fazê-lo em conjunto”, afirmou.

Na parte pública da reunião, a que os meios de comunicação tiveram acesso, o presidente norte-americano vincou, no discurso de abertura, que os Estados Unidos estiveram na origem da NATO com o objetivo de “criar um escudo” de proteção idealizado pelo então presidente, Harry Truman.

“Os nossos países têm crescido e prosperado protegidos por esse escudo da NATO. Hoje somos mais fortes do que alguma vez fomos”, assinalou Joe Biden, lembrando algumas das conquistas recentes da aliança, nomeadamente a adesão da Suécia e da Finlândia.

No contexto da guerra na Ucrânia, o presidente norte-americano sublinhou a necessidade de “fortalecer a base industrial” perante o aumento de produção de armamento por parte da Rússia.

“Neste momento, a Rússia trilha uma senda de guerra no que toca à produção de Defesa. Acelerou significativamente a produção de armas, munições e veículos”, acusou. Esse reforço, acusa Biden, está a ser levado a cabo com a ajuda da “China, Coreia do Norte e Irão”. “Não podemos permitir que a nossa aliança fique atrás deles”, vincou.

Novo “eixo do mal”

Ainda antes destas palavras de Joe Biden, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg tinha insistido que o esforço de apoio à Ucrânia “não é caridade, é do nosso próprio interesse a nível de segurança”. O responsável defendeu ainda o reforço de parcerias para contrariar “o crescente alinhamento da Rússia, China, Irão e Coreia do Norte”.

O presidente norte-americano assinalou ainda, na sua intervenção, que vários países estão a assumir um compromisso de aumentar a base industrial de defesa, uma contenda que iniciativa “vai enviar uma mensagem para o mundo”.

“Todos os países da NATO empenhados em fazer a sua parte, podem manter a Aliança forte (…) Podemos e vamos defender cada centímetro da NATO, e vamos fazê-lo em conjunto”, asseverou.

No caso concreto dos Estados Unidos, Biden assinalou que a sua Administração já investiu 30 mil milhões de dólares na indústria de Defesa “para reiniciar ou expandir a produção em 35 dos nossos Estados”, o que resulta em “cadeias de distribuição mais fortes, uma economia mais forte, Forças Armadas mais fortes e uma nação mais forte”, defendeu ainda.

Portugal quer alcançar meta até 2029

Nesta cimeira, o primeiro-ministro português já anunciou que o Governo português irá antecipar para 2029 a meta de gastar dois por cento do PIB em Defesa, um compromisso renovado e reforçado no seio da aliança desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Portugal é um dos países que ainda não alcançou esta meta, mas Luís Montenegro adiantou esta quarta-feira que o Governo português tem “um plano credível” para o alcançar, plano esse que já foi formalizado numa carta enviada ao secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Este investimento tem por base a componente humana, com a retenção e recrutamento de pessoal nas Forças Armadas portuguesas, assim como o apoio a ex-combatentes. Por outro lado, o executivo português prevê também um investimento em aquisição de equipamento variado, desde viaturas de combate, infantaria, drones e reforço da capacidade aérea.Portugal compromete-se a atingir os 2 por cento do PIB em Defesa até 2029, um ano antes do que estava previsto.

Luís Montenegro destaca também a participação de Portugal em missões internacionais, outro elemento que integra o “esforço acrescido” para alcançar o referido objetivo.

O primeiro-ministro português anunciou também que Portugal vai ajudar a Ucrânia com mais 95 milhões de euros, valor que se soma aos 126 milhões anunciados aquando da visita de Volodymyr Zelensky ao país.

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