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Oeiras com sistema de contenção de águas para prevenir cheias em Algés 

A baixa de Algés, concelho de Oeiras, vai dispor de um sistema de contenção e encaminhamento de águas pluviais, para prevenir eventuais riscos de cheias, anunciou a Câmara Municipal. O sistema, com uma extensão de 120 metros, representa um investimento da Câmara Municipal de Oeiras de cerca de 50 mil euros e consiste na criação de uma barreira que pretende impedir a água de chegar às zonas mais críticas. 

Rui Gaudêncio

A Câmara Municipal de Oeiras apresentou, a 17 de novembro, o novo sistema de contenção e encaminhamento de águas pluviais, no âmbito do Plano de Prevenção e Mitigação de Cheias, que incluiu ainda a instalação de comportas nos estabelecimentos comerciais da Baixa de Algés. O objetivo é impedir os efeitos das cheias, como aconteceu no final de 2022. 

O sistema, com uma extensão de 120 metros, representa um investimento da Câmara Municipal de Oeiras de cerca de 50 mil euros e consiste na criação de uma barreira que pretende impedir a água de chegar às zonas mais críticas. 

Segundo explica Isaltino Morais, presidente, da Câmara de Oeiras, o sistema, amovível, funcionará mediante alerta da Proteção Civil Municipal quando existir previsão de cheias, demorando cerca de 10 minutos a ser colocado. 

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A criação deste sistema está integrada no Plano de Prevenção e Mitigação de Cheias, desenvolvido em junho pela Câmara de Oeiras para a baixa de Algés e que prevê, igualmente, a colocação de comportas nos estabelecimentos comerciais em maior risco, a limpeza de ribeiras e a instalação de sensores de alerta para inundações. 

Este novo sistema é composto por várias placas, que são instaladas de forma a criar um percurso, por onde água circula, em caso de chuva intensa, evitando a ocorrência de cheias. Este sistema foi testado pelos Bombeiros Voluntários de Algés, que fizeram uma demonstração do seu funcionamento. 

Experimentar o sistema 

De acordo com declarações do comandante da Protecção Civil de Oeiras, Carlos Pinto, esta demonstração serviu para “treinar e experimentar o sistema, que vai encaminhar as águas dos pontos mais críticos da Baixa de Algés para a Avenida dos Bombeiros Voluntários de Algés”, até à Praça D. Manuel I. 

Este novo mecanismo, apresentado no passado dia 17 de novembro, em Algés, no Largo Comandante Augusto Madureira, é, de acordo com o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, juntamente com as comportas, apenas uma medida temporária que pretende minimizar os efeitos das cheias.  

A solução passa, segundo Isaltino Morais, por alargar a Ribeira de Algés até ao mar.  Atualmente, “já está uma parte alargada até ao caminho de ferro. A solução é mesmo construir uma nova secção para a Ribeira”, sublinhou. 

“Enquanto isso não acontece, temos tido a preocupação de minimizar os efeitos das cheias”, acrescentou o autarca, que explicou que este sistema de retenção de águas pluviais já foi “testado na Dinamarca e irá levar a água para onde nós queremos, independentemente da violência da água”.  

Ainda de acordo com Isaltino Morais, “é a primeira vez que este sistema vai ser usado em Portugal”.  

Governo financia metade da obra da Ribeira de Algés 

A Câmara já se disponibilizou para pagar metade do alargamento da Ribeira de Algés, por ser uma obra prioritária. Contudo, Isaltino Morais recorda que “esta é uma obra da responsabilidade do Governo”. Por isso, o Estado Central terá de pagar a outra metade da obra.  

“Estive reunido, no mês passado, com o Ministério do Ambiente para fazer o ponto da situação do projeto para a execução da obra definitiva”.  

Por outro lado, a autarquia, em articulação com o SIMAS Oeiras e Amadora, quer ainda instalar uma estação elevatória com sistema automático de bombagem para escoar as águas pluviais para a Ribeira de Algés. 

O presidente da CMO garantiu que já foram entregues todos os apoios ao comerciantes e moradores afetados pelas cheias em dezembro do ano passado na Baixa de Algés. No total, foram entregues cerca de 500 mil euros em apoios.  

Oeiras prevê instalar 250 comportas 

Até ao momento, a autarquia já investiu 84 mil euros nas comportas anti-cheias, que serão instaladas em vários arruamentos da Baixa de Algés, até ao Largo Comandante Augusto Madureira.  

No total, estão previstas 250 comportas e já foram instaladas 34, sendo que a instalação será feita consoante a concordância dos proprietários dos estabelecimentos. 

Para além de Algés, o município pretende, caso se justifique, colocar estes sistemas noutras zonas do concelho, como por exemplo, na zona de Tercena, junto à Rotunda das Seleções, “onde também se verificam algumas situações de inundação”.  

Estas medidas estão integradas num conjunto de ideias que pretendem mitigar os efeitos das cheias em Algés. Uma delas, e que já está em funcionamento, diz respeito a um sistema de sensores de alerta, nos dias em que existe risco de cheias. 

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