Teodoro Dias de Sousa, pároco da Malveira e da Venda do Pinheiro, foi um dos quatro sacerdotes afastados preventivamente pelo patriarcado de Lisboa devido a suspeitas de abusos sexuais. O padre, que desempenhava há anos o cargo de assistente religioso na Academia de Música de Santa Cecília, em Lisboa, demitiu-se das suas funções na escola, depois do nome ter sido incluído na lista de alegados abusadores. A direção escolar já aceitou a demissão.
O sacerdote, já suspenso pelo Patriarcado, ter-se-á demitido por vontade própria das funções que desempenhava na escola, para salvaguardar a imagem da academia, avançou a SIC Notícias.
Num comunicado citado pela estação televisiva, a direção da escola diz nunca ter tido conhecimento “de qualquer acusação ou indício” de práticas criminosas da parte de Teodoro Dias de Sousa. No entanto, indica que aceitou “prontamente” a demissão deste, de modo a “salvaguardar a imagem” da instituição.
Nascido em 1949, Teodoro Dias de Sousa foi ordenado padre aos 29 anos. Estudou no Conservatório Nacional e no Pontifício Instituto de Música Sacra de Roma, sendo conhecido no meio religioso pelo interesse pela música sacra e pela disponibilização de partituras a escolas ou outras entidades que o solicitem.
O tema dentro da própria Igreja parece continuar um tabu. Numa vigília organizada nos Jerónimos, a propósito da Jornada Mundial da Juventude, nem uma palavra dirigida às vítimas dos abusos nem aos alegados abusadores.
Contactado pelo Jornal de Notícias, o Patriarcado de Lisboa não comentou o caso.