O Tribunal de Contas deu o seu aval prévio ao prolongamento da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa, que visa estender o trajeto até Alcântara. No entanto, o início das obras está pendente da resolução de uma ação judicial movida por um dos concorrentes do concurso. O contrato para a execução desta empreitada, firmado com o consórcio liderado pela Mota-Engil, está avaliado em 321,888 milhões de euros, sem incluir o IVA
O Metropolitano de Lisboa comunicou que o contrato para a conceção e construção da extensão da Linha Vermelha recebeu o visto prévio do Tribunal de Contas. Contudo, este aguarda a decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa sobre a suspensão automática resultante da ação judicial movida por um dos concorrentes, nomeadamente a empresa FCC Construcción S.A., Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves, S.A.
O contrato foi formalizado em 22 de dezembro com o “Agrupamento Complementar de Empresas Metro S. Sebastião Alcântara, ACE”, que conta com a participação da Mota-Engil – Engenharia e Construção, S.A. e da SPIE Batignolles Internacional – Sucursal em Portugal, pelo valor mencionado anteriormente.
Segundo o Metropolitano de Lisboa, o custo total do prolongamento até Alcântara é de 405,4 milhões de euros, conforme previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um financiamento europeu de 304 milhões de euros e apoio financeiro nacional de 101,4 milhões de euros.
Esta expansão da Linha Vermelha, com uma extensão de aproximadamente quatro quilómetros e a adição de quatro novas estações, incluindo Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, visa atender áreas com grande atividade residencial e empresarial, escolas, comércio e serviços, bem como zonas sujeitas a importantes reabilitações urbanísticas, como é o caso de Alcântara.
Além disso, está prevista a ligação da estação de Alcântara à futura Linha Intermodal Sustentável, facilitando a conexão com o município de Oeiras (LIOS Ocidental). Prevê-se que o aumento de passageiros nessas novas estações represente um acréscimo de 4,7% em toda a rede, com a maior parte desse aumento vindo dos atuais utilizadores de transporte público. Estima-se que a transferência de passageiros dos modos rodoviários possa resultar numa redução significativa das emissões de CO2, contribuindo assim para metas ambientais a longo prazo.
A Linha Vermelha, que atualmente conta com 11 estações, conectando o aeroporto a São Sebastião, pode ver esta extensão materializada num horizonte temporal entre 2025 e 2026, conforme previsto pelo Metropolitano de Lisboa.