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A Bola de Cristal de Castelo Branco: Zandinga Política e o Futuro da Cidade

Castelo Branco vive um daqueles momentos em que a política local mais parece um espetáculo de ilusionismo. No centro desta peça, surge a tão falada bola de cristal, que, ao invés de revelar o futuro, serve apenas para alimentar rumores e especulações. Entre visões nebulosas e figuras efémeras, a cidade está à deriva, à espera de um verdadeiro líder que não se limite a ser mais um rosto bonito ou uma promessa vazia. A solução? A Zandinga Política, a arte de adivinhar quem será o próximo “salvador”, onde o futuro da cidade é antecipado por pressentimentos e não por decisões concretas. Uma arte com todos os ingredientes de um conto de fadas, mas sem a magia que possa transformar a realidade.

A política de Castelo Branco não tem sido mais do que um ciclo de inércia, com uma gestão que parece enredada em promessas vagas e na eterna busca de um “milagre”. O que falta não são nomes, mas visão. E, entre os nomes que vão surgindo e desaparecendo, o que a cidade realmente precisa é de alguém que a compreenda de verdade, que tenha o pulso firme para a ação e, acima de tudo, uma proposta sólida para o futuro.

O Espetáculo da Zandinga Política

O palco da política local está repleto de figuras que tentam, com mais ou menos sorte, ocupar o lugar de liderança. A cada eleição, surge uma nova promessa, uma nova esperança que, no fim das contas, pouco ou nada resulta. E, como que por magia, o nome de Luís Correia surge como a possível salvação de Castelo Branco. Conhecido pela sua experiência autárquica, e, acima de tudo, por ser alguém que verdadeiramente conhece a cidade, Correia apresenta-se como uma possível alternativa à paralisia instalada. No entanto, será ele o líder capaz de resgatar a cidade deste limbo? Ou será apenas mais uma fantasia política, alimentada pela necessidade de crer em algo que vá além das palavras?

Se observarmos com atenção, o Movimento Independente Sempre (MIS) entra no cenário com a promessa de algo novo, mas, em vez de clareza, o que vemos é um movimento atarantado à procura de uma identidade. Nomes surgem e desaparecem, como se a política fosse um jogo de adivinhação. José Augusto Alves, com a sua carreira militar e um perfil pouco definido para a política autárquica, é o nome que se destaca como possível líder da coligação do Sempre-PSD-CDS. No entanto, a grande dúvida persiste: é este o homem certo para resgatar Castelo Branco da sua estagnação, ou, mais uma vez, estamos perante uma miragem?

A Necessidade de Visão e Ação

Castelo Branco precisa de mais do que figuras públicas e discursos bem ensaiados. A cidade está à espera de um líder que tenha coragem de quebrar o ciclo da paralisia, que saiba não apenas diagnosticar os problemas, mas que tenha a capacidade de propor soluções. No atual cenário, o que se vê é um presidente da Câmara Municipal, Leopoldo Rodrigues, que parece mais interessado em acumular anúncios do que em concretizar mudanças reais. A sua gestão, longe de ser um modelo de eficiência, permanece atascada em boas intenções e promessas não cumpridas.

A cidade está, assim, numa encruzilhada, e a responsabilidade do MIS nunca foi tão grande. Não se trata apenas de escolher um nome bonito ou uma figura carismática, mas de encontrar alguém com um plano, uma visão clara para o futuro e, acima de tudo, capacidade de executar o que promete. O PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) é um dos principais instrumentos para revitalizar a cidade, mas sem uma liderança forte, qualificada e com capacidade de gerir recursos, os fundos podem tornar-se apenas mais um pedaço de papel que não chega a sair do papel.

A Hora da Verdade

A política local de Castelo Branco está num impasse. A bola de cristal, tão invocada pelos políticos e analistas, continua a ser consultada, mas sem resultados práticos. O que se exige, acima de tudo, é uma liderança que não se perca na ilusão de que é possível governar apenas com promessas. A cidade precisa de ação, de coragem, de uma visão clara para o futuro. Não basta saber que há problemas. É preciso agir. E agir de forma eficaz.

É urgente que a cidade se liberte das promessas vazias e das estratégias de marketing político. A política não é uma vidência, nem uma dança de nomes. É uma tarefa de gerir, planear, inovar. E, neste momento, o que parece ser mais necessário do que nunca em Castelo Branco é alguém que não só conheça os problemas, mas que saiba como resolvê-los. Alguém com coragem para desafiar o status quo e devolver à cidade aquilo que lhe foi tirado: o seu futuro.

À medida que as eleições de 2025 se aproximam, a pergunta que se coloca é: quem será o líder capaz de devolver a esperança a Castelo Branco? A coligação do Sempre-PSD e CDS, terá a coragem de escolher um nome que não se limite a um título ou a uma fantasia política, mas que seja capaz de dar à cidade a liderança que ela tanto precisa? Só o tempo dirá. Mas, para já, o que se exige não é mais uma bola de cristal, mas ação concreta, planeamento sólido e um gestor com experiência autárquica, capaz de executar os planos do PRR e de devolver a Castelo Branco o seu rumo.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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