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Entrevista a Iolanda Santos: “A Gotinha Vermelhusca” – Literatura infantil que pulsa com vida e solidariedade

A obra da enfermeira e autora Iolanda Santos foi apresentada em Penamacor e sensibiliza leitores de todas as idades para a importância da dádiva de sangue

No passado dia 2 de agosto, o renovado Teatro Clube de Penamacor encheu-se de cor, emoção e solidariedade para acolher a apresentação do livro “A Gotinha Vermelhusca”, da autora Iolanda Santos. A obra, destinada ao público infantil mas com uma mensagem universal, explora o universo do corpo humano através da jornada encantada de uma gota de sangue chamada Vermelhusca. Mais do que uma história de fantasia, o livro carrega consigo um profundo apelo à dádiva de sangue — tema central da vida profissional e pessoal da autora.

Entrevista a Iolanda Santos: “A Gotinha Vermelhusca” - Literatura infantil que pulsa com vida e solidariedade
Foto: Cordel D’Prata

A sessão, que marcou também a primeira iniciativa cultural da nova sala multiuso do teatro, reuniu figuras com ligações pessoais e institucionais à autora, entre elas o Presidente da Câmara Municipal de Penamacor, António Luís Beites Soares, o amigo de longa data José Lopes Nunes, conhecido por Jolon, e a antiga professora primária Maria de Fátima Ribeiro. Em uníssono, os convidados celebraram a obra e realçaram o seu impacto educativo e social, sublinhando a pertinência de introduzir temas de saúde pública desde a infância.

“É um livro infantil dedicado ao sangue e à dádiva de sangue, o que durante muitos anos foi a minha área profissional”, declarou Iolanda Santos durante a apresentação. “Que uma pequenina gota faça toda a diferença e que chegue a todos os que precisam.”

Misturando ciência, imaginação e uma linguagem acessível, A Gotinha Vermelhusca oferece uma abordagem inovadora à educação para a saúde, ao mesmo tempo que se revela uma história encantadora, capaz de cativar leitores dos oito aos oitenta. Através da personagem Vermelhusca, os leitores embarcam numa aventura pelo corpo humano, onde aprendem sobre o sistema circulatório, a importância do sangue e o poder transformador da solidariedade.

 

Entrevista com Iolanda Santos, autora de A Gotinha Vermelhusca

ORegiões (R):

Para iniciar este tema de conversa, gostaria que fizesse uma sinopse do seu livro.

Iolanda Santos (I):

O livro fala sobre a dádiva de sangue. Procurei explicar, de forma simples, a importância de dar sangue e escrevi esta história para que chegasse ao maior número de pessoas possível. O objetivo principal é que não só as crianças aprendam, mas também os adultos. O livro está escrito com uma linguagem acessível e explica os componentes do sangue e a sua importância.

 

Do hospital à literatura

R:

A Iolanda é enfermeira de profissão. Em que medida a sua profissão influenciou a elaboração desta história e dos personagens?

I:

Trabalhei durante muitos anos na área da dádiva de sangue e percebi bem as dificuldades diárias em garantir que o sangue chega aos doentes. A minha maior preocupação foi transmitir esta ideia e procurar promover o compromisso das crianças, porque são o futuro! (…) Na realidade, estamos cá uns para os outros — e sem sangue, não vivemos!

R:

A Iolanda é uma pessoa da terra. Exerce a sua profissão em Penamacor?

I:

Há muitos anos que vivo fora, apesar de o meu coração continuar aqui. Moro em Lisboa e trabalho no Hospital de Santa Maria.

O nascimento da Gotinha Vermelhusca

R:

Relativamente a este livro, era uma ideia que já tinha há algum tempo? Qual foi o gatilho que fez com que avançasse com esta ideia?

I:

Este livro já tinha alguns anos “na gaveta”, e quem lançou o desafio foi a minha mãe. Foi ela quem criou a gotinha Vermelhusca e, como conhece bem a minha paixão pela escrita e pela dádiva de sangue, desafiou-me a desenvolver a história da Gotinha. As minhas sobrinhas também foram muito importantes — iam ao meu local de trabalho, faziam perguntas — e então entendi que estava na hora de tirar o livro da gaveta, encontrar a ilustradora certa, procurar editoras… e consegui a edição de A Gotinha Vermelhusca.

Ilustração que dá vida

R:

A ilustradora, Marta Tex, é enfermeira?

I:

Não, descobri a Marta Tex na internet. Eu já idealizava os desenhos e, quando encontrei o trabalho da Marta, percebi de imediato: tinha de ser ela.

R:

A Iolanda já fez outro tipo de escrita ou tem intenção de desenvolver outros livros?

 

I:

Tenho mais algumas coisas escritas, soltas.

R:

Onde podemos encontrar A Gotinha Vermelhusca?

I:

A Gotinha Vermelhusca está à venda através da editora Cordel d’Prata, e também nos sites da Bertrand e da FNAC. Existe ainda o Instagram da Gotinha Vermelhusca.

 

Com este primeiro livro publicado, Iolanda Santos lança uma semente de consciência cívica e de educação para a saúde nas camadas mais jovens — sem descurar os adultos, que encontram na obra uma forma original de abordar um tema muitas vezes esquecido. Num país onde a doação de sangue continua a ser uma necessidade urgente, A Gotinha Vermelhusca chega e lembra em forma de uma gotinha vermelha, mas firme, de que uma pequena ação pode fazer toda a diferença.

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Anabela Beirão
Anabela Beirão
Chefe de Redação e Editora. Apresentadora do ORegiões web tv e compositora de genéricos musicais para ORegiões. Professora de música e terapeuta holística. Colabora semanalmente com seus artigos de opinião e crónica.

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