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A Europa prepara-se para a guerra?

A Assembleia Parlamentar da NATO, uma instituição independente da Aliança Atlântica, aprovou recentemente uma declaração de apoio à capacidade da Ucrânia de atacar alvos militares na Rússia, também com armas fornecidas por países aliados. A Finlândia e outros países, como o Canadá e Polónia já confirmaram, formalmente, essa autorização.

O uso pela Ucrânia de armas defensivas, oferecidas pelo ocidente, em solo russo, poderá justificar o uso de armas nucleares táticas por Putin.

As armas de precisão de longo alcance (mísseis) são fornecidas pelos países da OTAN. As armas de precisão de longo alcance são operadas por especialistas ou contratados do país de origem As armas de precisão de longo alcance devem estar ligadas aos dados de reconhecimento espacial fornecidos pelos EUA ou pela NATO Os alvos na Rússia também são fornecidos por dados de reconhecimento espacial fornecidos pelos EUA ou pela OTAN

Será o escalar numa guerra onde nenhuma das partes vencerá militarmente. Cada dia que passa morrem mais mulheres e crianças na Ucrânia e também na Rússia, enquanto a Europa, enfraquecida com o advento da extrema direita, troca a resolução dos seus problemas internos pela militarização. E não toma qualquer iniciativa para que existam conversações que abram caminho para a paz, apenas colabora numa Conferência para a Paz na Ucrânia (a acontecer neste mês de junho) onde os principais intervenientes no conflito, como a Rússia, a China e mesmo, possivelmente, os EUA (à espera das eleições em Novembro), não estarão presentes. Seria muito positivo se desta reunião surgisse alguma iniciativa que abrisse caminho para a paz, como é desejado pela grande maioria dos países do mundo…mas, infelizmente, a esperança é muito limitada.

Tudo indica que o ocidente alargado não quer a paz, antes deseja enfraquecer e derrotar a Rússia. No início considerou-se que a Rússia “estava falida” e por isso marcaram-se uma série de linhas vermelhas que seguiriam o direito internacional. Com o avanço russo essas linhas foram caindo (F16, Patriots e outros mecanismos) e continuarão a ser afastados até à referida derrota da Rússia. E essas linhas vermelhas continuarão a ser ultrapassadas, como se vê no genocídio na Faixa de Gaza.

A Europa prepara-se para a guerra.

Na Finlândia restringe-se direito à greve.

A União Europeia anunciou a proibição de quatro meios de comunicação social acusados de difundir propaganda pró-Kremlin e de “desestabilizar” os países vizinhos da Ucrânia. Os quatro meios de comunicação social incluídos na lista negra – Voice of Europe, RIA Novosti, Izvestia e Rossiyskaya Gazeta – estão “sob o controlo permanente, direto ou indireto” da Rússia, foi essa a justificação. Mas a Voice of Europe é uma empresa neerlandesa cotada em bolsa, com sede oficial numa pequena aldeia da província de Brabante do Norte.

A França insiste na necessidade de enviar tropas para solo ucraniano. Os orçamentos dos países europeus aumentam, em muito, as verbas para a defesa. Agora até a Nato quer interferir diretamente, apoiando a Ucrânia em 40 mil milhões de dollares.

Como diz o Papa, “é necessário acabar com esta loucura”! Numa entrevista à televisão pública Rádio Televisão suíça, o Papa Francisco, questionado sobre a situação na Ucrânia, apelou a que não se tenha “vergonha de negociar antes que as coisas piorem”.

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Joaquim Correia
Joaquim Correia
“É com prazer que passo a colaborar no jornal Regiões, até porque percebo que o conceito de “regiões” tem aqui um sentido abrangente e não meramente nacional, incluÍndo o resto do mundo. Será nessa perspectiva que tentarei contar algumas histórias.” Estudou em Portugal e Angola, onde também prestou Serviço Militar. Viveu 11 anos em Macau, ponto de partida para conhecer o Oriente. Licenciatura em Direito, tendo praticado advocacia Pós-Graduação em Ciências Documentais, tendo lecionado na Universidade de Macau. É autor de diversos trabalhos ligados à investigação, particularmente no campo musical

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