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A mão da incompetência de Leopoldo Rodrigues

Leopoldo Rodrigues, o autarca que não se sabe se está a governar ou a brincar com as peças de um Lego administrativo, continua a exibir a sua incompreensível incapacidade de resolver os problemas de Castelo Branco. Com a mão bem fechada sobre as rédeas da cidade, cada dia que passa só revela mais do caos que vai tomando conta da urbe. O seu mandato à frente da Câmara Municipal não se distingue por qualquer virtude, mas sim por um espectáculo desolador de inépcia, desleixo e um descarado desprezo pelos cidadãos que lhe confiaram a liderança.

A desgraça do cemitério: um retrato da desorganização

Não há melhor exemplo para ilustrar a tragédia da sua gestão do que o estado do cemitério municipal. O lugar onde os cidadãos de Castelo Branco deveriam descansar em paz tem, à falta de uma palavra melhor, andaimos a marcar a sua degradação. O projeto de renovação, uma verdadeira promessa falhada, arrasta-se na mesma espiral de incompetência que define todo o mandato. Com a falência da empresa responsável pela obra, os entes queridos da cidade veem-se obrigados a enfrentar não apenas a dor da perda, mas também o constrangimento de um espaço fúnebre em obras. Nem na morte conseguimos encontrar o respeito devido. Imagine-se a humilhação de um funeral sem a mínima dignidade, como se o último adeus fosse uma mera formalidade. E onde está a autarquia? Aparentemente, a Câmara continua a esconder-se na sua inação, incapaz de garantir o mínimo de respeito aos cidadãos que dependem dos serviços públicos.

Património à deriva: a destruição em nome do progresso

Mas, se a morte já não é tratada com respeito, o que dizer da vida? O património de Castelo Branco, que deveria ser um símbolo de identidade e história, está a ser aniquilado de forma indiscriminada. A Igreja de Santa Maria do Castelo, um dos maiores marcos históricos da cidade, é deixada à mercê do abandono, sem qualquer supervisão arqueológica. A destruição parece ser um caminho sem volta, numa cidade que se diz moderna mas que em nada respeita o seu legado. Este é o exemplo típico da “modernização” à custa da identidade. O que era uma igreja de relevância histórica, agora é um esqueleto abandonado que se desfaz ao ritmo da indiferença política. E, como se não bastasse, a Câmara parece estar a seguir a mesma lógica com a construção de uma escola de chefs na Rua de Santa Maria, num edifício do século XVII. Mais uma vez, a história é ignorada, como se o passado fosse um estorvo a ultrapassar. E como seria de esperar, nem sequer uma investigação arqueológica foi feita para garantir que a destruição não fosse total.

A muralha da cidade, símbolo de resistência e identidade de Castelo Branco, já ruiu em várias partes. Mas, em vez de um restauro técnico e cuidadoso, a solução da Câmara é de uma insensatez ímpar: um muro de betão, com umas pedras mal colocadas, tentando imitar o que foi. Mas a História não se imita, e o que vemos é a destruição de um dos maiores patrimónios da cidade em nome de uma modernidade que não faz sentido.

Obras inacabadas e descoordenadas: a autarquia a “fazer por fazer”

E se o património está a ser dilapidado, as obras de urbanização na cidade não são muito melhores. O caso das casas na Rua de São Tiago é um exemplo paradigmático da desorganização da autarquia. Decidiram demolir duas casas, mas sem qualquer plano lógico. Uma será derrubada agora, outra mais tarde. Qual é o raciocínio por detrás desta gestão? Não seria mais sensato demolir as duas ao mesmo tempo, visto que ambas estão na mesma rua e em circunstâncias semelhantes lado a lado? Mas não. A gestão de Leopoldo Rodrigues é uma sucessão de erros de cálculo que só servem para inflacionar os custos e, pior ainda, causar mais incómodo à população. Este tipo de “gestão” parece mais um acto de vaidade política do que um esforço sério de melhorar a cidade. O objetivo, claro, é inaugurar algo a tempo de eleições, para que o eleitorado não se esqueça de quem está no poder. Mas qual a real mudança que essas obras estão a trazer? Nenhuma.

A criminalidade em alta: a cidade perdida num silêncio ensurdecedor

No campo da segurança, a situação não é melhor. Castelo Branco tem assistido a um aumento alarmante da criminalidade, com uma subida de 30,5% nas ocorrências registadas segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024, um número que diz tudo sobre a incompetência de quem deveria proteger a cidade. Enquanto isso, Leopoldo Rodrigues prefere continuar a ignorar os problemas reais da cidade e a investir tempo e dinheiro em projetos superficiais, como se a criminalidade e a falta de segurança fossem detalhes irrelevantes no seu mandato. O silêncio da Câmara é ensurdecedor, um reflexo de uma autarquia desconectada com as necessidades da população e sem a mínima capacidade para resolver os problemas que afligem os cidadãos.

Para concluir: a cidade à deriva e a gestão em queda livre

No fundo, o que resta de Castelo Branco? Uma cidade em desagregação, onde o património histórico é destruído, onde a gestão da urbanização é desastrosa e onde a segurança dos cidadãos é ignorada. A incompetência de Leopoldo Rodrigues não é apenas um defeito isolado, mas sim uma manifestação clara de um governo autárquico desconexo, desinteressado e sem rumo. E, com tudo isso, a cidade perde a sua identidade, a sua memória e, mais importante ainda, o respeito pelo seu povo.

Até quando vamos continuar a ser governados por alguém que parece mais preocupado com o protagonismo de inaugurações e eventos do que com as questões reais que afetam a população? A cidade merece mais do que esta mão fechada de incompetência.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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