Na Beira Baixa, o drama político está a atingir novas alturas de ridículo, e em 2025, quando as eleições autárquicas se aproximam, uma verdadeira crucificação está prestes a acontecer. Não, não estamos a falar de um ato de fé, mas de uma parábola política onde três figuras centrais, os três mosqueteiros da desilusão e da mediocridade, são colocados em cena: Leopoldo Rodrigues, Vítor Pereira e Armindo Jacinto. Esses três “gigantes” da política local são tão ineficazes que a ideia de um “triunfo da esperança” soa tão distante quanto uma miragem no deserto. Os eleitores da Beira Baixa estão prestes a ser confrontados com um espetáculo que já é mais do que previsível – um ritual de desilusão, uma tragédia política anunciada.
Leopoldo Rodrigues: O Messias da Frustração
Leopoldo Rodrigues, o presidente da Câmara de Castelo Branco, mais parece um imperador nu, governando uma cidade com as mãos vazias. A sua liderança, se é que podemos chamar de liderança a sua sucessão de erros e promessas não cumpridas, parece não ter tido outro objetivo senão o de colecionar desilusões. O seu primeiro mandato foi uma sucessão de fracas tentativas de construir algo que sequer se manteve em pé por mais de alguns meses. Quando se fala de Castelo Branco, qualquer pessoa que tenha vivido na cidade nos últimos anos sabe que a falta de projetos palpáveis e a repetição insustentável de promessas vazias é a única constante. Ele não tem coragem para sair do palco político, mas já é claro que o futuro da cidade está distante da sua visão tacanha. Uma reeleição de Rodrigues em 2025 seria o ponto final em uma história de fracasso; será que a cidade o suportará mais uma vez? Não é difícil prever que a resposta será um sonoro “não”.
Vítor Pereira: O Mestre da Fuga e da Autopromoção
Em relação a Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, o espetáculo político toma a forma de uma eterna fuga das responsabilidades. O seu “despedir-se” da Covilhã, prometendo não se recandidatar em 2025, é um exemplo clássico de autopromoção disfarçada de altruísmo. Pereira nunca teve a intenção de deixar a política, muito menos de abandonar o poder. O que ele está a fazer é apenas preparar o terreno para uma transição confortável, com a certeza de que a sua ambição por mais poder o levará a Belmonte. Enquanto a Covilhã, uma cidade que já foi promissora, apodrece na sua gestão sem rumo, Vítor Pereira apenas se movimenta como um peão de um jogo que ele próprio inventou. A verdadeira motivação por trás da sua “renúncia” à Câmara da Covilhã é clara: saltar de cidade em cidade à procura de um novo trampolim para a sua carreira política. O povo da Covilhã não é mais do que um mero espectador de uma peça que nunca se conclui.
Armindo Jacinto: O Retorno da Sombra
Por fim, Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, é o típico político que se recusa a abandonar o palco, mesmo quando a sua estrela já se apagou. Com uma presidência prolongada que mais parece uma condenação do que uma conquista, Jacinto tem mostrado uma persistência imbatível em garantir que a sua presença política, ainda que vazia de ideias novas ou inovação, continue a ser sentida. Já ultrapassado em relevância política, ele insiste em manter-se à frente do PS na região, sem mostrar qualquer interesse em preparar o caminho para lideranças mais jovens ou mais competentes. O seu apego ao poder é um reflexo da cultura de perpetuação que assola a Beira Baixa – uma terra onde, em vez de novas ideias, o que vemos são os mesmos rostos repetidos. Jacinto nunca foi um visionário; ele é apenas um símbolo do que há de mais estagnado na política local.
A Trilogia da Desilusão: O Futuro da Beira Baixa?
Se há algo que Vítor Pereira, Armindo Jacinto e Leopoldo Rodrigues têm em comum é a sua total incapacidade de transformar a Beira Baixa numa região com um futuro promissor. Esses três políticos representam uma política onde o poder é mais importante do que o povo, e onde a desilusão e o desinteresse são as únicas heranças que deixam para as gerações vindouras. São os “vendilhões da política”, fazendo da política um negócio pessoal, sem qualquer compromisso real com os problemas da população.
À medida que as eleições autárquicas de 2025 se aproximam, a grande questão é: o que fazer com este trio de figuras públicas, que se tornam cada vez mais irrelevantes e que, ao invés de contribuir para a construção de um futuro melhor, apenas continuam a alimentar a desilusão da população? A resposta parece simples: a Beira Baixa precisa de algo novo, precisa de líderes que se preocupem com as pessoas, não com as suas próprias carreiras.
Será que a Beira Baixa vai continuar a ser o palco da eterna incompetência e da perpetuação do poder, ou finalmente acordará para a necessidade de mudança? A verdadeira Páscoa política pode não ser a crucificação de Rodrigues, Pereira e Jacinto, mas sim a renovação política que a região tanto precisa. Mas até lá, continuaremos a assistir ao espetáculo da miséria política, com os mesmos velhos atores a dançar ao som da sua própria indiferença.
Aí jacintinho jacintinho, não faças queijinhos não…