As consequências do poderoso sismo que atingiu Myanmar começam a se tornar mais evidentes com a divulgação de imagens de satélite que mostram a destruição em várias regiões do país. O tremor, de magnitude 7,7, foi registrado na sexta-feira às 12h50 no horário local (06h20 em Lisboa) e já é considerado o mais forte a atingir a nação no último século, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos
Mais de 1.600 mortos e número pode aumentar
As operações de resgate continuam, mas o mais recente balanço oficial aponta para 1.644 vítimas mortais, um número que pode aumentar à medida que as buscas avançam nos escombros. Equipes de emergência trabalham incessantemente para localizar sobreviventes e recuperar corpos, enfrentando dificuldades devido à destruição generalizada.
As imagens de satélite captadas pela Maxar Technologies revelam bairros inteiros devastados, estradas destruídas e edifícios reduzidos a escombros. O epicentro do tremor foi localizado a cerca de 17 quilômetros de Mandalay, a segunda maior cidade do país, com 1,2 milhão de habitantes. A intensidade do abalo sísmico foi tão grande que seus efeitos foram sentidos em Banguecoque, na Tailândia, onde, até o momento, foram registradas 10 mortes e 100 pessoas estão desaparecidas. O tremor também foi percebido em diversas cidades da província chinesa de Yunnan.
Esforços de resgate e desafios humanitários
As autoridades locais e organizações internacionais já mobilizam esforços para fornecer ajuda humanitária às regiões mais afetadas. No entanto, a precariedade da infraestrutura, aliada ao impacto severo do tremor, dificulta a chegada de suprimentos e equipes de resgate a algumas áreas remotas.
O governo de Myanmar ainda não divulgou uma estimativa oficial sobre os danos materiais, mas especialistas alertam que a reconstrução do país pode levar anos. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha a tragédia e se mobiliza para oferecer apoio às vítimas.