Quinta-feira,Junho 19, 2025
16.3 C
Castelo Branco

- Publicidade -

CRÓNICA HOLÍSTICA – Ensinamentos Secretos e Eternos –  O Zodíaco e Seus Signos — A Roda da Alma no Céu

Namasté! Chegámos à sexta crónica da nossa caminhada simbólica e sagrada através dos Ensinamentos Secretos e Eternos, inspirados na magnífica obra de Manly P. Hall.

Se na última jornada contemplámos o Sol — luz do espírito e arquétipo do Eu Divino — agora descemos com ele à roda zodiacal: o mapa cósmico que espelha a jornada da alma através da experiência humana.

Hoje olhamos para o céu como os antigos: não como um cenário distante, mas como um espelho da nossa essência interior. Pois o Zodíaco não é apenas astrologia — é alquimia do tempo, linguagem da alma, e roteiro iniciático.

A Roda dos Céus: Um Livro Escrito em Estrelas

Como dizia Manly P. Hall:

“O céu é o espelho do templo interno, e a astrologia, a linguagem dos mistérios eternos.”

Desde a Suméria até os templos de Luxor, dos Magos Caldeus aos Mestres Rosa-Cruzes, o Zodíaco sempre foi compreendido como um mandala celeste — uma roda de 12 arquétipos que representam as 12 faces da alma em evolução.

Não era em vão que denominavam os Magos da Pérsia como «observadores de estrelas». Os egípcios também detinham esta nomenclatura devido à sua precisão de leitura dos corpos celestes. Muito antes da existência dos telescópios, já estas civilizações elaboravam cálculos extraordinários com instrumentos cortados de blocos de granito ou fabricados a partir de folhas de bronze e cobre.

Na Índia estes instrumentos ainda continuam a ser usados com elevado grau de precisão.  Por exemplo, em Jaipur, na região de Rajputana, um observatório feito maioritariamente por enormes relógios de sol em pedra ainda funcionam!

 O Zodíaco e Seus Signos — A Roda da Alma no Céu
Foto: Viagens Culturais – Dos cinco Observatórios, o Jantar Mantar , da cidade de Jaipur é o maior e mais bem preservado de todos, com cerca de 20 edifícios fixos e exclusivos, cada qual tem a sua função astronômica própria

Os pagãos viam as estrelas como coisas vivas, capazes de influenciarem os destinos de indivíduos, nações e raças!

O Zodíaco, cujo nome significa “Círculo dos Animais”, não descreve o destino como algo fixo, mas revela o caminho da consciência, os ciclos de aprendizado, e os potenciais latentes que a alma é chamada a despertar.

Cada signo é como uma nota na sinfonia cósmica, classificada assim pelos Antigos. Cada um de nós encarna uma melodia particular, mas todos juntos participamos da grande «orquestra celeste».

A Astrologia é muito mais do que prever eventos futuros ou rotular personalidades. No âmago da tradição esotérica, ela é uma linguagem simbólica que traduz a interação entre as forças cósmicas e as energias interiores da alma.

Cada signo zodiacal não é um destino fixo, mas um arquétipo universal, uma imagem fundamental que descreve padrões de energia e de consciência que todos nós carregamos. Esses arquétipos são lentes através das quais podemos perceber diferentes aspectos de nossa psique, motivações, desafios e potenciais.

Todos os anos, o Sol dá uma volta completa ao Zodíaco e regressa ao ponte de onde partiu – o Equinócio Vernal . Sobre este ponto existe forte discussão actualmente (e com razão) uma vez que  o Sol perde um grau a cada 72 anos e regride uma constelação inteira, ou signo,  a cada cerca de 2160 anos. Quer isto dizer que as posições actuais das constelações, relativamente à posição solar, não são as mesmas com precisão de há 2160 anos atrás. Ainda assim explorar este magnifico mundo astrológico e honrar a sabedoria dos Antigos é que nos aquecem a alma…!

O Zodíaco e Seus Signos — A Roda da Alma no Céu
Foto: Haroldo Barros – Astrologia – Equinócio Vernal 

A Estrutura do Mapa Natal

No momento do nascimento, o céu mostra uma configuração única — a posição dos planetas em relação às constelações e às casas astrológicas. Esse desenho é o mapa natal ou horóscopo, que serve como um “retrato energético” da alma em seu ponto de entrada na vida terrena.

Sol: representa a essência, a identidade, o Eu central — o “filho do Sol” da crónica anterior.

Lua: simboliza a mente subconsciente, emoções, memória e a alma emocional.

Ascendente: a máscara social, a forma como nos apresentamos e interagimos com o mundo.

Planetas pessoais (Mercúrio, Vênus, Marte): revelam áreas do intelecto, do amor e da ação.

Planetas exteriores (Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão): expressam influências coletivas, gerações e desafios maiores de evolução.

Cada um desses corpos celestes “habita” um signo, que vai colorir as suas energias de acordo com aquele arquétipo.

 

Astrologia Hermética e a Alquimia da Alma

Na tradição hermética, o céu é um reflexo da alma, e o estudo dos signos e planetas é uma forma de autoalquimia: a transmutação dos estados inferiores da consciência em luz e sabedoria. 

Saturno representa os testes e limites, o “chumbo” da alma que precisa ser purificado.

Júpiter é a expansão da consciência e a busca pelo sentido maior.

Neptuno simboliza a dissolução do ego e o contato com o divino.

O alinhamento entre o mapa astrológico e o caminho espiritual do indivíduo revela as etapas da Grande Obra — Nigredo, Albedo e Rubedo — que já vimos na alquimia solar, na passada crónica.

 

Os 12 Signos — Do Carneiro ao Peixe, da Centelha à Fusão

«Este é o caminho da alma ao longo da espiral do tempo: do impulso à sabedoria, da separação à unidade, da centelha ao oceano»

A jornada zodiacal começa em Carneiro, o impulso primordial, a faísca da criação.

Segue para Touro, que fixa e dá forma à energia.

Em Gémeos, a consciência aprende a pensar, comunicar e multiplicar-se.

Caranguejo ensina a nutrir, proteger e sentir.

Com Leão, surge o Eu criador — o Sol interior que deseja expressar-se.

Virgem purifica, organiza e dedica-se ao serviço.

Balança busca o outro, o equilíbrio, a harmonia.

Escorpião mergulha nas profundezas, para morrer e renascer.

Em Sagitário, a alma almeja o alto, o sentido, a expansão.

Capricórnio estrutura, realiza, concretiza o espírito na matéria.

Aquário liberta, inova, revoluciona.

E em Peixes, a alma dissolve-se de novo no Todo — fim e início do ciclo.

 

Zodíaco e Iniciação: As 12 Provas do Herói

Na tradição iniciática, os signos são provas arquetípicas.

Na crença mitológica, Hércules (ou Héracles, na versão grega) foi condenado a realizar 12 tarefas quase impossíveis como penitência por crimes que cometeu num acesso de loucura (induzido por Hera, esposa de Zeus). Esses trabalhos simbolizam a jornada de superação pessoal, purificação e conquista da verdadeira força interior.

 O Zodíaco e Seus Signos — A Roda da Alma no Céu
Foto: D.R. – Os doze trabalhos de Hércules, painel lateral de um sarcófago da Coleção Ludovisi

Assim como Hércules, que realiza 12 trabalhos — cada um associado a um signo — também nós, em nosso próprio caminho, enfrentamos desafios que despertam virtudes específicas.

Cada signo, em sua vibração mais elevada, representa um dom. E em sua sombra, um desafio a ser transcendido:

Carneiro: Coragem… mas também impulsividade.

Touro: Estabilidade… mas também apego.

Gémeos: Inteligência… mas também dispersão.

Caranguejo: Sensibilidade… mas também insegurança.

Leão: Expressividade… mas também orgulho.

Virgem: Serviço… mas também crítica.

Balança: Beleza… mas também indecisão.

Escorpião: Transformação… mas também controle.

Sagitário: Sabedoria… mas também exagero.

Capricórnio: Disciplina… mas também rigidez.

Aquário: Liberdade… mas também rebeldia.

Peixes: Compaixão… mas também fuga.

A roda zodiacal é como uma escola da alma!

Não há signos “melhores” ou “piores” — cada um é uma face do Todo.

«E o verdadeiro iniciado é aquele que reconhece os doze dentro de si».

 

O Zodíaco e os Quatro Elementos

Os signos são divididos entre Fogo, Terra, Ar e Água — os quatro elementos da criação e também os quatro pilares do ser humano:

Fogo (Áries, Leão, Sagitário) — vontade, inspiração, espírito.

Terra (Touro, Virgem, Capricórnio) — corpo, estrutura, realização.

Ar (Gémeos, Balança, Aquário) — mente, comunicação, ideias.

Água (Caranguejo, Escorpião, Peixes) — emoção, intuição, alma.

Cada elemento representa uma dimensão a ser integrada, e cada ser humano possui uma alquimia única desses elementos dentro de si.

Conhecer o Zodíaco é conhecer a si mesmo em camadas — como quem lê o próprio mapa na linguagem dos deuses.

O Céu Dentro de Ti

Manly P. Hall dizia que «o Zodíaco é um espelho do templo interior, e que cada planeta, cada casa, cada signo é uma janela por onde a alma olha para o mundo».

O céu não determina — reflete. O mapa natal não é uma sentença, mas um roteiro simbólico da alma.

Ao entender os arquétipos celestes, deixamos de lutar contra o destino e começamos a cooperar com a Vida.

O verdadeiro buscador não consulta o céu para prever o futuro — mas para compreender o presente com mais consciência. Pois tudo o que está acima… está também dentro de nós.

Como diz o axioma hermético:

“Assim como é em cima, é em baixo.”

Encerramento: A Roda Gira — e o Espírito Desperta

A cada dia, a Terra gira. E com ela, a roda do Zodíaco move-se.

Mas há um centro que não gira: o ponto de luz dentro de Si!.

Que esta crónica sirva como um convite ao autoconhecimento, à integração dos seus próprios signos interiores, à honra de todos os seus elementos — e à escuta silenciosa do céu que habita o teu coração.

O leitor é a roda. O centro. A luz!

Até à próxima crónica!

Namasté!

Para Atendimentos:  969472825

www.planetaimpacto.wixsite.com/novaera

- Publicidade -

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:
Anabela Beirão
Anabela Beirão
Apresentadora do ORegiões web tv e compositora de genéricos musicais para ORegiões. Professora de música e terapeuta holística. Colabora semanalmente com seus artigos de opinião e crónica.

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor

Não está autorizado a replicar o conteúdo deste site.