Portugal enviou, esta terça-feira, uma equipa de 101 operacionais para Valência para ajudar a lidar com as consequências das cheias. A Força Conjunta de Proteção Civil e das Forças Armadas (FOCUN) é composta por 101 operacionais da ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil), dos bombeiros, do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) e por 28 militares dos três ramos das Forças Armadas.
Uma força conjunta de protecção civil e forças armadas portuguesas, com mais de 100 operacionais chegou esta quarta-feira a Valência, Espanha, para auxíliar nas operações de limpeza e desobstrução das zonas mais afetadas, após as cheias de há duas semanas. Esta ajuda foi enviada ao abrigo do pedido de ajuda internacional ao Mecanismo de Protecção Civil da União Europeia.
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) revelou que a força será constituída por 101 operacionais da protecção civil, bombeiros, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e 28 militares dos três ramos das Forças Armadas, que partiram esta terça-feira de Vendas Novas, no distrito de Évora.
“A Força Conjunta estará equipada com 40 veículos, dos quais 28 são operados por elementos da protecção civil, entre os quais, três retroescavadoras, uma motobomba de lama alto débito, seis eletrobombas de esgoto, uma motobomba esgoto de alto débito, um modulo de bombagem de lamas, cinco eletrobombas para lama”, adianta a ANEPC.
A força está equipada com 40 veículos, dos quais 28 são operados por elementos da Proteção Civil: três retroescavadoras, uma motobomba de lama alto débito, seis eletrobombas de esgoto, uma motobomba esgoto de alto débito, um modulo de bombagem de lamas e cinco eletrobombas para lama.
Já a Marinha, Exército e Força Aérea enviaram 12 veículos: duas retroescavadoras, uma bomba de esgoto alto débito, duas motobombas esgoto, duas bombas esgoto pequeno débito, uma escavadora giratória, uma pá carregadora de rodas, dois camiões de transporte de terras e um Bobcat.
Um grupo de operacionais do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL) partiu esta terça-feira de manhã para Valência, em Espanha, para auxílio nas operações de limpeza e desobstrução das zonas mais afetadas, após as cheias de há duas semanas.
RSB também enviou operacionais
Também 14 operacionais do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa – RSBL integram a Força Conjunta de Proteção Civil e das Forças Armadas. Além de meios humanos, o RSB deslocou diversos equipamentos e veículos: oito bombas de alta capacidade para escoar águas sujas/lamas, um gerador, seis viaturas e uma retroescavadora.
“Lisboa tem dos melhores regimentos de sapadores bombeiros do mundo”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “É com orgulho que vejo os nossos bombeiros partirem, uma vez mais, com o elevado sentido de missão a que há muito nos habituaram, para apoiar a população de Valência nesta hora difícil”.
“Desejo-lhes um bom trabalho nesta missão exigente e agradeço a sua coragem, o seu serviço e o seu sacrifício”, refere Carlos Moedas.
222 mortos e 41 desaparecidos
O temporal e as inundações de 29 de outubro fizeram pelo menos 222 mortos no sudeste de Espanha, 214 dos quais na Comunidade Valenciana.
Segundo as autoridades, há 41 pessoas dadas como desaparecidas e há 19 cadáveres nas morgues de Valência por identificar, cujos dados biológicos estão a ser cruzados com os fornecidos por familiares de desaparecidos.
No comunicado, o governo valenciano sublinhou que no que respeita aos “trabalhos operacionais, a prioridade continua a ser a procura de possíveis vítimas” nas zonas afetadas e também no mar.
Quase uma semana após as inundações, reabriram hoje 49 escolas das zonas afetadas pelas cheias, com cerca de 22 mil alunos a regressarem pela primeira vez às aulas desde 29 de outubro.