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PS Está Impossível: A Comédia do Nepotismo e do Poder no Distrito de Castelo Branco

Ah, o Partido Socialista, essa autêntica máquina de ilusão política! Quem diria que, à medida que o tempo passa, a estrela de um partido que um dia foi um bastião de ideias progressistas e transformadoras se apagasse tão repentinamente. Ou melhor, que se transformasse num triste e cansado espetáculo de comédia, onde as palmas não são dadas ao mérito, mas sim à arte de se agarrar ao poder como quem segura uma rédea de um cavalo que já não sabe para onde ir. E o palco? O distrito de Castelo Branco. O cenário? Nepotismo, clientelismo e uma bagunça total. O PS da região não é mais um partido que luta pelo bem comum, mas sim um clube de amigos e familiares onde, aparentemente, o único critério para ter um cargo é o sobrenome.

A política no PS de Castelo Branco poderia ser um enredo fascinante, cheio de tensão e reviravoltas. Mas não. Estamos perante uma peça repetitiva, com um guião previsível e uma encenação de pura farsa. O Partido Socialista, em vez de ser a força inovadora que a sociedade necessita, parece estar mais interessado em manter as suas velhas figuras no poder, não por competência, mas por uma habilidade incrível de manipulação política.

Leopoldo Rodrigues: O “Eterno Presidente” do Teatro

Comecemos por Leopoldo Rodrigues, o homem que não sabe o que é sair de cena. Presidente da concelhia de Castelo Branco, ele é o epítome da permanência política, e não por razões de mérito, claro. Rodrigues entrou para o PS já com alguma idade, sem grandes ideias inovadoras ou uma visão estratégica para o futuro. O que trouxe consigo foi uma grande capacidade de se agarrar ao poder, como se o exercício deste fosse uma missão divina. E quem precisa de competência política quando se tem anos de vaidade e experiência em se manter no topo? O PS de Castelo Branco mais parece um concurso de resistência política: quem fica mais tempo no cargo ganha. E quem trabalha para o povo? Isso já não parece ser a prioridade.

Armindo Jacinto: O “Nepotismo de Família”

A peça torna-se ainda mais absurda com a chegada de Armindo Jacinto, presidente “vitalício” de Idanha-a-Nova. O seu papel no palco político é uma verdadeira encenação, uma farsa de tão previsível. Sempre que há uma visita de ministros ou secretários de Estado, lá está ele, de microfone em punho, como se a visita fosse uma homenagem à sua incansável dedicação à comunidade. Mas, nos bastidores, o show é outro: a verdadeira agenda de Jacinto parece ser a de desenhar a carreira política do filho. O rapaz que tentou a carreira no futebol, mas cujo talento para o desporto não foi suficiente para o catapultar para a fama, agora está pronto para seguir os passos do papá na política. O nepotismo em estado puro! Afinal, na política, o mérito conta pouco; o que interessa é o sobrenome, o sangue, a linhagem.

O PS de Castelo Branco: Um Espelho de Contradições

Entre estas figuras, podemos ver claramente a mudança do PS de Castelo Branco. De um partido que deveria ser uma força de mudança, uma alavanca para o progresso, passou a ser um simples palco de interesses pessoais e familiares. A política do PS transformou-se numa questão de sobrevida, de garantir o lugar ao sol para os mesmos de sempre, que, por sinal, já não sabem o que é trabalhar para o povo. A verdadeira política de transformação social? Essa ficou para trás, engolida pela vaidade e pelo medo de perder o poder.

E o mais irónico de tudo isto é a cara de espanto e perplexidade dos próprios dirigentes e da população que ainda acredita que esta comédia vai terminar de forma positiva. O PS de Castelo Branco apresenta-se como uma peça de teatro de marionetas, onde as figuras principais movem os fios para garantir que tudo continua como antes. As verdadeiras vozes que poderiam trazer inovação são cada vez mais silenciadas, enquanto os interesses privados e familiares dominam a cena.

A Mudança: Uma Utopia no PS?

Com figuras como Carlos Martins, histórico do PS da Covilhã, a anunciar candidaturas independentes, e Irene Barata, antiga presidente de câmara pelo PSD, agora a alinhar com o PS por motivos que são evidentemente familiares, já nada parece fazer sentido. O PS perdeu-se em interesses pessoais, e o que antes eram valores sólidos de justiça e igualdade transformaram-se em simples slogans vazios. Já não há partido. O que resta é um teatro político onde, no fim, a única coisa que importa é garantir que a roda continue a girar e que o poder se mantenha nas mãos dos mesmos.

E o que sobra, então? Uma política em que o objetivo não é servir a população, mas sim garantir um lugar à mesa para os mesmos de sempre. Quem irá realmente beneficiar desta comédia? A população, certamente, não. Quem sairá vencedor no final? Só quem souber manipular os bastidores e fazer da política uma herança familiar.

O Futuro? Só se Houver Coragem

A mudança que o país tanto precisa não virá deste PS. Será necessário muito mais do que coragem para dar um novo rumo à política. Talvez, como alguns sugerem, seja o momento de voltarmos às origens. Voltar a Jorge Coelho, a Jorge Sampaio, a Salgado Zenha… Voltar ao PS que, ao menos, tinha algo a dizer. Só assim, quem sabe, a política poderá voltar a ser feita para as pessoas, e não para quem já detém o poder.

Há gente muito boa no PS que está a ser silenciada e o partido vive hoje com ordens de cima para baixo, sem consideração pelas bases.

Até lá, continuamos a assistir à comédia de um PS que já não tem nada a oferecer ao país, e muito menos ao distrito de Castelo Branco. E, como sempre, os grandes perdedores seremos nós, os cidadãos.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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