No discurso proferido em Castelo Branco, Manuel Frexes, Presidente da Distrital do PSD, solicitou a Luís Montenegro, líder do partido e Primeiro-Ministro, a validação dos candidatos do partido nas eleições autárquicas, destacando três nomes de grande relevância para o interior de Portugal. Frexes reafirmou o apoio a Miguel Marques, atual Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, a Paulo César, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, e a Miguel Gavinhos, também vice-presidente da Câmara Municipal do Fundão, como candidatos nas respetivas autarquias.
O Presidente da Distrital do PSD enfatizou a necessidade de um maior investimento em infraestruturas no interior do país, destacando a importância de melhorar as ligações rodoviárias, como a ligação ao IC31 e ao IC8 e a requalificação da estrada de Oleiros, essenciais para melhorar as conexões com Espanha e com o restante território nacional. Frexes defendeu ainda a construção de uma reserva estratégica de água no Rio Ocresa, celebrando a recente conquista do governo para garantir caudais do Tejo.
Durante o seu discurso, Frexes criticou a oposição do Partido Socialista, acusando-os de disseminar informações falsas sobre áreas como a saúde e a revitalização da Serra da Estrela, especialmente no que diz respeito às respostas a catástrofes, como os incêndios de 2023. Enfatizou a rapidez da resposta do governo, contrastando com a inação da administração socialista em momentos anteriores.
Frexes concluiu o seu discurso com um forte apoio a Luís Montenegro, reafirmando o compromisso do distrito de Castelo Branco com a mudança política e com a liderança do atual Primeiro-Ministro. O Presidente da Distrital do PSD apelou à união do partido, sublinhando a importância de todos os membros, desde os deputados até aos autarcas, trabalharem juntos em prol de uma causa comum.
Luís Montenegro Reforça Compromisso com o País e a Coesão Territorial
Por sua vez, Luís Montenegro, Presidente do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal, iniciou o seu discurso agradecendo o envolvimento de todos no projeto do partido, destacando a importância da colaboração em todas as estruturas autárquicas. Montenegro reforçou a legitimidade da sua liderança, realçando que o PSD é o único partido que governa com base numa vitória eleitoral clara e sólida.
O Primeiro-Ministro sublinhou a importância do novo Orçamento do Estado, o primeiro a reduzir impostos, nomeadamente o imposto sobre o rendimento do trabalho, com o objetivo de aumentar o rendimento das famílias e impulsionar a economia. Além disso, o orçamento prevê a diminuição fiscal para jovens que adquirirem habitação e incentivos às empresas para promover salários mais elevados e reinvestimentos no país.
Montenegro criticou a gestão do anterior governo, que, segundo afirmou, cobrou elevados impostos e não investiu adequadamente nos serviços públicos. O seu governo, ao contrário, foca-se em melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, garantindo serviços públicos de excelência.
Relativamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Primeiro-Ministro reconheceu as dificuldades, incluindo a falta de recursos no INEM, e anunciou um plano de emergência para melhorar a resposta dos serviços de saúde. Ele garantiu que as receitas próprias do INEM não serão desviadas para outras finalidades, como ocorreu em mandatos anteriores.
Montenegro também destacou diversas medidas sociais, como o aumento do complemento solidário para idosos e a comparticipação de medicamentos para pensionistas de baixos rendimentos. O orçamento inclui um suplemento extraordinário para os mais carenciados, com o objetivo de valorizar as pensões mais baixas, embora o aumento seja temporário.
A coesão territorial também foi um ponto chave no discurso de Montenegro. O Primeiro-Ministro sublinhou a obrigatoriedade de destinar 40% dos fundos de coesão para as regiões de baixa densidade populacional e garantiu majorações no apoio a investimentos nestes territórios. Com essas medidas, o Governo pretende combater as desigualdades e promover o desenvolvimento de todas as regiões do país.
Montenegro concluiu reafirmando o compromisso do seu governo em resolver os problemas concretos das pessoas, com foco em áreas como a saúde, a educação, a habitação e o apoio social, para garantir um futuro mais justo e equitativo para todos os cidadãos portugueses.