Provavelmente influenciados pelo episódio de Aljubarrota, temos uma tendência natural e cultural para desenvolver uma simpatia por histórias que nos mostram que ninguém é derrotado antes de travar uma “batalha”.
Talvez seja por isso que também eu gosto muito de resultados pouco convencionais, daqueles imprevisíveis que, à partida, poucos ou nenhuns vaticinariam, e que nos fazem ter a certeza de que vale a pena sonhar, confirmando que a história está cheia de impossíveis que, afinal, acabaram por acontecer.
É óbvio que não podemos esquecer que, por trás deste, e de tantos outros sonhos que se tornaram realidade, está a liderança, o trabalho, o espírito de equipa, a capacidade de sofrimento, a competência, a crença, a coerência, o foco e a capacidade de superação.
Sendo honesto, há histórias destas de que não gosto assim tanto, mas mais do que a resignação na aceitação da vitória de um rival, fico com a esperança dada pela lição e pelo exemplo. Exemplo que inspira e, espero, que contagie. Porque também é disso que se trata. Uma vitória da justiça, da verdade, da humildade e de todos aqueles que fazem muito mais com muito menos.
É nisso que deposito a esperança. Nisso e na qualidade e complementaridade de uma equipa que produz resultados que são muito maiores do que mera soma das partes. Na singularidade e excelência de uma equipa que inventa soluções, onde outros encontrariam apenas problemas. Na competência e profundidade de conhecimento de uma equipa que analisa, debate e propõe.
Só é impossível até acontecer, mantendo a essência e a coerência, tendo a humildade de saber que “ser parte da solução” jamais deverá ser confundido com “ser a única solução”. E mostrando disponibilidade para ajudar na construção, elogiando sempre que houver motivo para tal, legitimando a crítica quando esta fizer sentido.
Não há segredos. Há trabalho e capacidade. A capacidade de resistência e resiliência que sabe que desistir não é opção. Eu acredito, já acreditava, sinto que há cada vez mais pessoas a acreditarem, e, a cada dia que passa, renovo e reforço a minha crença.
De facto, a vida está cheia de improbabilidades e de impossíveis. É por isso que vale a pena continuar a trabalhar para não deixar de sonhar, porque o sonho que começou pequenino, não para de crescer. E, como todos sabemos, o sonho ainda comanda a vida.
Principalmente agora porque, como já todos sabem, Abrantes tem Alternativa!