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Umbiguismo

Não é um fenómeno novo, mas parece-me que tem havido uma multiplicação exponencial nos últimos tempos. Sinais dos tempos, provavelmente, onde os 15 minutos de fama se arrastam ou são arrastados no tempo, porque a sede de protagonismo se tornou insaciável ao ponto de se assemelhar a outros traços de personalidade que, são tudo menos convencionais… e em alguns casos, podem mesmo ser confundidos com traços desviantes.

O “umbiguismo” passou a estar na ordem do dia porque o egocentrismo se tem destacado numa sociedade que, a partir de certo momento, se passou a preocupar mais com o individual do que com o coletivo.

Haverá causas para isto e muitas delas estão perfeitamente identificadas, mas o meu propósito de hoje não me quer levar por aí.

Apetece-me virar o foco para aqueles que estão atrás dos “umbiguistas” e que ao segui-los cegamente, lhes alimentam os tempos de antena e lhes prolongam o protagonismo. E mesmo que se perceba que estamos na presença de casos de polícia ou de problemas patológicos, a audiência não perde quórum e a degradação segue o seu caminho.

Uma espécie de reality show ainda com pior qualidade que os formatos tv, onde as cenas da vida real se confundem precisamente com a vida real… mas longe, muito longe, da brilhantismo e da genialidade da obra-prima de Ettore Scola.

“Pior que o grito dos maus… só o silêncio dos bons”. Pior que ambos, só o “seguidismo umbiguista” de uma turba irracional, que caminha de vitória em vitória até à derrota final, e sempre com a certeza que encontrará o argumento certo para justificar o insucesso.

Porque o insucesso está “lá fora” e não entra “cá dentro”! E se entrar, a responsabilidade continua a não ser nossa.

E se posso entender estes argumentos naqueles que têm interesses, deixo de o entender em quem os utiliza apenas de forma emocional, defendendo de forma irracional aqueles que de forma racional sabem que se servem quando era suposto que servissem.

Quanto mais perto estivermos da emoção, mais longe estaremos da razão. Pode ser esta a explicação… ou uma das que nos pode aproximar da resposta, mas respondendo para que tudo fique na mesma.

Nada disto faz sentido… nem o que estão a ler, nem o que temos visto. Ou talvez faça e todas estas dúvidas possam se limitem a fazer parte de uma estratégia. Os “umbiguistas” agradecem. Oh, se agradecem!

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Vasco Damas
Vasco Damas
Tem 54 anos e vive na vila de Tramagal (Abrantes). É consultor imobiliário, tendo exercido funções de gestor no ramo da distribuição de materiais de construção e bricolagem, onde liderou equipas e contribuiu para o crescimento das pessoas, levando-as a ultrapassar os limites que julgavam ter. Valoriza o equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar (seu porto de abrigo), o convívio com os amigos e a atividade cultural e desportiva, jogando nos veteranos dos Dragões de Alferrarede.

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