A locomotiva azul-turquesa da Iniciativa Liberal apitou alto e arrancou da estação de Castelo Branco, prometendo uma viagem sem paragens para modernizar a cidade. Com o lema “Acelerar Castelo Branco”, o partido aposta numa campanha onde a frescura se sobrepõe à naftalina habitual da política local, com José Henriques, empresário farmacêutico e ex-presidente da associação do Bairro da Boa Esperança, a assumir o comando da composição
A apresentação, que decorreu este sábado 22 fevereiro no Centro Artístico Albicastrense, foi uma verdadeira matiné política. Rui Rocha, líder nacional da IL, não perdeu a oportunidade de brincar com o histórico projeto da Devesa, afirmando que trazer os liberais para a câmara “é mesmo uma solução de frescura e não precisa duma fonte”. Um toque de humor que arrancou gargalhadas, mas que também sintetiza a mensagem do partido: menos burocracia, mais ação.
José Henriques, 44 anos, surge como o maquinista que promete guiar Castelo Branco para longe do marasmo. Com uma proximidade evidente aos jovens e uma mentalidade empreendedora, Henriques quer descomplicar a vida dos albicastrenses, apostando em processos simples que incentivem a fixação de talento e a criação de oportunidades.
Ao lado de Henriques, Pedro Roque e Ana Poças Gonçalves assumem as candidaturas à Assembleia Municipal e à junta de Freguesia, respetivamente. O trio liberal apresenta-se como a equipa que quer “fazer uma campanha limpa”, mas que não hesitará em sacudir o pó acumulado nas gavetas da autarquia.
A surpresa foi geral quando Rui Rocha destacou a mobilização local, com uma sala cheia de curiosos e apoiantes, algo pouco habitual para uma força política que ainda se está a consolidar na região. Rocha fez questão de sublinhar que o partido pretende estar presente na maioria das freguesias, evidenciando que a IL não quer ser apenas uma promessa urbana, mas sim uma força abrangente que chega a todo o concelho.
A aposta da Iniciativa Liberal é clara: ser a alternativa que Castelo Branco precisa para sair da apatia e abraçar um futuro mais dinâmico e transparente. Resta saber se a população estará disposta a trocar a velha locomotiva enferrujada por este comboio de alta velocidade. Mas uma coisa é certa: o bilhete já está emitido e a viagem promete ser eletrizante. Que se segurem os chapéus!
