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O Festival do Peixe do Rio: Uma Liçãozinha de Gestão para os Autarcas da Apatia

No Alandroal, no coração do Alentejo, entre os dias 07 e 16 de Março, algo raro aconteceu: o concelho teve vida. E foi uma vida de qualidade, com o Festival do Peixe do Rio a atrair turistas, a encher restaurantes e a levar os habitantes locais a redescobrirem a beleza da sua terra. Uma festa de sabores, sons e cultura que demonstrou como é possível, mesmo na aparente calmaria do interior, criar uma verdadeira máquina de atrair visitantes. João Grilo, o presidente da Câmara da vila histórica do Alandroal pelo PS, não só organizou este evento como o projetou com talento, criatividade e visão estratégica. E o melhor: não precisou de cartazes e promessas vazias, mas de um trabalho real, feito com carinho e empenho

O Festival do Peixe do Rio: Uma Liçãozinha de Gestão para os Autarcas da Apatia
Foto: D.R.

Durante os dez dias de festival, o Alandroal tornou-se um centro de gastronomia e cultura. Os restaurantes da região, todos sem exceção, aderiram ao evento e, por isso, estavam prontos a servir as deliciosas iguarias preparadas com o tão característico Peixe do Rio. O sucesso foi tal que quem não tinha feito reserva, preparava-se para esperar uma ou duas horas até conseguir um lugar à mesa. Nos momentos de espera, a animação estava garantida: um grupo de músicos e cantores percorreu os estabelecimentos, levando as modas tradicionais alentejanas a cada esquina do concelho. No castelo do Alandroal, as pedras, que de normal estavam quietas e silenciosas, pareciam cantar com a animação das tasquinhas, dos stands de artesanato e dos espetáculos que iam decorando o palco montado no centro do castelo. Quem ali esteve não saiu sem levar uma boa dose de cultura e, claro, uma boa refeição.

O Festival do Peixe do Rio: Uma Liçãozinha de Gestão para os Autarcas da Apatia
Foto: ORegiões

Tudo isto, claro, não se fez por acaso. João Grilo com a sua equipa, que esteve na BTL (Feira de Turismo de Lisboa) a promover a sua terra com muito mais do que o habitual sorriso político, demonstrou que o segredo para atrair visitantes não está na publicidade enganosa, mas no trabalho constante e na valorização das potencialidades locais. Enquanto isso, lá para os lados de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, dois outros autarcas do PS, Leopoldo Rodrigues e Armindo Jacinto, estavam mais preocupados em se mostrar ao lado de Pedro Nuno Santos o candidato às eleições Legislativas, do que em realmente trabalhar para o interior. Se Grilo agitou o Alandroal e trouxe a juventude e os turistas para as suas terras, estes dois parecem ter- se contentado com umas boas fotos ao lado do secretário-geral do PS, sem nunca perceberem o básico: quem quer atrair visitantes não vende ilusões, trabalha com o que tem.

É claro que, entre os três autarcas, a diferença salta à vista. Enquanto João Grilo traz gente de fora e promove uma economia circular que faz a máquina local funcionar, os autarcas de Castelo Branco e Idanha-a-Nova vivem do marketing vazio, daqueles anúncios pomposos de campanhas eleitorais que não convencem nem os locais, quanto mais os turistas. Estes dois municípios não têm vida, nem gente a visitá-los. E, quando se fala das infraestruturas, é de pasmar: estão em total decadência, tal como a gestão de quem está à frente das câmaras.

Num Alentejo em que a vida parece ser só a calada das aldeias, o Alandroal está a provar que, com visão, empenho e bom trabalho, o interior pode ter mais do que as promessas vazias de quem se contenta com o óbvio. Enquanto outros autarcas vivem de favores partidários e coligações meramente simbólicas, João Grilo mostra que, no Alandroal, há algo mais do que a propaganda. Há gente, há cultura, e há, de facto, uma economia em movimento.

Agora, fica a pergunta: o que é que os outros autarcas, aqueles que vivem na sombra da promessa e na incoerência, estão à espera? Talvez, uma próxima edição do Festival do Peixe do Rio lhes faça abrir os olhos para o que, no fundo, é muito simples: trabalho, dedicação e respeito pela terra e pela sua gente. E, claro, sem promessas vazias.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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