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Respostas às perguntas estúpidas de Trump

O governo dos Estados Unidos mandou um questionário às nossas escolas e universidades. “Ou respondem, ou acaba-se o financiamento”, ameaçam — que ainda são uns bons tustos. Nenhuma Universidade respondeu. Mas aqui na redação, estava eu a comer um bolo de arroz, e li o questionário. Qual ‘Sudoku’ ou palavras-cruzadas, fiz isto e vou mandar ao Donald, não vá ele zangar-se. Eis algumas perguntas e respostas.

PERGUNTA (P.) Pode confirmar que, nos últimos dez anos, a sua instituição não colaborou com, nem foi alvo de qualquer acusação ou investigação relativa à colaboração com uma entidade incluída na lista de observação de terrorismo, cartéis, narcotraficantes/traficantes de seres humanos, grupos organizados ou grupos que promovam a migração em massa?

RESPOSTA (R.) Não. O Fininho anda na ganza e diz que faz parte do IRA, o dos gatos. Com o número clausus, podemos dizer que o que resta aos que não entram é mesmo o tráfico…

P. A sua organização conduz regularmente controlos antiterrorismo dos seus empregados e beneficiários?

R. Sim. Quando há teste de matemática há sempre ameaça de bomba na escola. Lá vem a bófia dizer que não há nada. Raio dos putos.

P. A sua organização encoraja a liberdade de expressão e incentiva o debate aberto e a livre partilha de informações?

R. Nem pensar. Quinhentos gajos, ao mesmo tempo, a falar? A professora Cátia manda-lhes dois berros e eles até tremem. Muito a lembrar a berraria do Jack Nicholson que voava por cima deles.

P. A sua organização tem uma política clara que proíba qualquer colaboração, financiamento ou apoio a entidades que defendam ou implementem políticas contrárias aos interesses do Governo dos EUA, à segurança nacional e à soberania norte-americanas?

R. A gente ainda não percebeu que raio são os interesses do seu governo, Dr. Trump. A gente pró ano diz, se ainda o senhor for vivo.

P. A sua organização está conforme a mais recente Política da Cidade do México, que impede organizações não governamentais de divulgar informação ou prestar aconselhamento sobre o processo de interrupção voluntária da gravidez, sob pena de perderem financiamento do Governo dos EUA?

R. Já estamos a dar cabides e agulhas, para não nos metermos nisto. Elas que voltem à Clínica dos Arcos, em Badajuez.

P. A vossa organização tem uma política de combate ao tráfico de seres humanos?

R. Sim, o Sr. Acácio não deixa entrar ninguém sem cartão.

P. Pode confirmar que a sua organização não trabalha com entidades associadas a partidos comunistas, socialistas ou totalitários, ou a qualquer partido que defenda crenças anti americanas?

R. Oh homem, não pode haver “crenças anti americanas”, porque a América é um facto. Existe. Nenhum de nós é urso e sabe ler mapas e ver fotos de satélite. Crer que a América não existe é uma estupidez. Esta pergunta é do DJ Vance?

P. Pode confirmar que a sua organização não recebeu nenhum financiamento da República Popular da China (incluindo o Instituto Confúcio e/ou parcerias com o Estado chinês, ou actores não estatais), da Rússia, de Cuba ou do Irão?

R. Recebeu. Lápis, marcadores, giz, essas coisas são todas compradas no Chinês da Avenida. Até uma escalfeta para a professora Maria de Lurdes, que se vai a reformar para o ano. E os putos andam a aprender a dançar a rumba, o mambo e o chachachá.

P. Pode confirmar que não se trata de um projecto de diversidade, equidade e inclusão das minorias (DEI) e/ou que não existem elementos DEI neste projecto?

R. De facto, senhor Donald, para esta já DEI.

P. Pode confirmar que não se trata de um projecto sobre o clima ou de “justiça ambiental” ou que inclua tais elementos?

R. Não. Puseram-nos um vidrão à frente e a malta mete lá tudo. Vai tudo para o aterro, mas isso não interessa. A justiça ambiental era um meteoro dar cabo disto e depressa…

P. Este projecto adopta medidas adequadas para proteger as mulheres e de protecção contra a ideologia de género?

R. As mulheres portuguesas ainda te vão à melena se sabem disto. Já mandámos fax à Raquel Moreira e à Isabel Varela. Vais a ver, vais.

P. Em que medida é que este projecto impacta directamente os esforços para combater influências malignas, incluindo a China?

R. Esta Universidade impede os alunos de comer no chão, de ficarem Confúsios antes dos exames e retirou a China dos mapas. Agora aquilo chama-se “Tróia/Comporta do Além”, a ver se fazemos uns trocos.

P. Em que medida é que este projecto impacta directamente a segurança sanitária dos EUA, nomeadamente em termos de ameaças biológicas, pandemias e dependência de material médico estrangeiro?

R. A gente lava-se por baixo, seus porcos. Os senhores tomam banho uma vez por semana. E dizem mal dos franceses. Além disso, ninguém vai doente para aí, senão morre pobre e sem ser curado. E levamos vinho e choiriças para aí, não as porcarias que vocês comem. Esta agora!

P. Este projecto tem um impacto directo na cibercriminalidade internacional organizada, no tráfico de droga ou de seres humanos, de modo a proteger as vidas americanas e a segurança nacional?

R. Não. Só usamos computadores 486 com DR DOS. E só o director tem Internet da Telepac a 56k/s.

P. Qual é o retorno financeiro deste projecto, incluindo dividendos mensuráveis, análise custo-benefício e impacto económico?

R. Não percebemos. Pode fazer a pergunta de outra forma? O que é “ dividendos mensuráveis, análise custo-benefício e impacto económico”? Perguntámos aqui ao Contabilista e ao Dr. Américo, da Caixa Geral de Depósitos e eles também não sabem…

Nota — As perguntas são reais e podem ser consultadas no jornal “Público”. As respostas são um absoluto exclusivo d’O REGIOES. A palermice vem dos EUA.

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Joao Vasco Almeida
Joao Vasco Almeida
Jornalista 2554, autor de obras de ficção e humor, radialista, compositor, ‘blogger’,' vlogger' e produtor. Agricultor devido às sobreirinhas.

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