De 4 em 4 anos repete-se o clássico. Festas populares e candidatos às eleições autárquicas. Sempre com a respetiva validação nas redes sociais. Esta política é uma festa. Com presença, proximidade, promessas e “Messias”. No próximo ano não sei, mas dentro de 4 anos tudo se voltará a repetir.
E aqueles que decidem, acreditam. Acreditam que agora é que vai ser e que vão fazer o que ainda não foi feito.
Melhorar as acessibilidades, construir o saneamento básico, aumentar a cobertura das telecomunicações, preservar o património, permitir que todos tenham acesso a médicos de família e a cuidados de saúde primários, entre tantas outras prioridades demasiadas vezes adiadas.
A maratona percorrida nos últimos 4 anos perde protagonismo para os sprints finais realizados à beira das eleições. Ignoram-se as propostas, as perguntas e as sugestões de quem fez oposição com sentido de responsabilidade e sempre com as pessoas no centro das políticas.
Esta sociedade imagética valoriza o instantâneo e descarta o conteúdo. Não há paciência para ler textos compridos e mesmo os vídeos são cada vez mais curtos.
E assim vamos andando. E assim vamos decidindo. Com base na imagem sem conhecimento da qualidade das propostas.
Colocando as coisas em perspetiva, nas autárquicas de 2021 e no mesmo concelho, houve candidaturas que gastaram na campanha eleitoral 42 mil euros e outras que gastaram 2 mil euros.
Mas este David contra Golias ganha ainda maior dimensão quando se tem de lutar contra teorias da conspiração, quando há dualidade de critérios e quando as regras não são iguais para todos.
Estamos conscientes das dificuldades, mas também estamos de consciência tranquila que tudo está a ser feito para que Abrantes continue a ter Alternativa.
Uma Alternativa que continuará a ser construída por todos e para todos e que estará sempre disponível para continuar a ouvir os cidadãos.
Uma Alternativa abrangente, plural, representativa e responsável, porque, para nós, a política é séria e é para ser levada a sério.
Os abrantinos terão a palavra final e dir-nos-ão se querem mais do mesmo ou se estão dispostos a arriscar numa mudança.
E se há momentos em que o risco compensa, na minha opinião, este é o momento. Haja coragem.