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Bombeiros Sapadores podem voltar à rua

A reunião entre o Governo e os sindicatos dos bombeiros sapadores terminou com alguns avanços, mas a proposta apresentada ainda é insuficiente, avisaramm as estruturas sindicais à saída do encontro. Apesar de considerarem que “está feito mais algum caminho”, os sindicatos avançam ao ORegiões que, eventualmente, poderão enveredar por novas formas de luta que levem o Governo a alterar a sua actual posição, não descartando a hipótese de voltarem às manifestações “ruidosas”…

Na nova ronda negocial entre bombeiros sapadores e o executivo de Montenegro, o Governo avançou com a criação de um suplemento único e aceita manter as actuais 35 horas semanais de trabalho. Mas os Sindicatos, que realizaram de imediato uma reunião com os seus associados no Quartel de Alvalade do Regimento de Sapadores Bombeiros, avaliaram a proposta do Ministério da Administração Interna, avisam que, “à primeira vista, não é suficiente para satisfazer os interesses e os objetivos que os bombeiros têm para a sua regulamentação”.

Por isso, segundo algumas fontes contactadas pelo ORegiões, admitem que “se não houver bom senso, as manifestações podem intensificar-se”.

Elementos do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores esperam que na próxima ronda negocial, marcada para o próximo dia 16 de janeiro, o executivo de Montenegro traga para a mesa de negociações uma proposta que se aproxime das reivindicações dos bombeiros no que diz respeito à carreira profissional.

“Acredito que, se o Governo não tiver bom senso e apresentar propostas ridículas, humilhantes e degradantes, as manifestações podem acontecer e intensificar-se”, acrescentam as nossas fontes.

Apesar de não estarem previstas, para já, manifestações com igual expressão à de dezembro, que levou ao fim da negociação entre Governo e sindicatos, responsáveis do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, assim como de outras forças sindicais, admitem que o cenário possa mudar, casos as expectativas dos operacionais não sejam correspondidas.

As propostas…

Dando sinais de, eventualmente, poder ceder “mais alguma coisinha” na próxima reunião, convocada para 16 de janeiro, no Campus XXI, o Governo já avançou com a criação de um suplemento único, ao contrário daquilo que tinha proposta na última reunião de 3 de dezembro de 2024. Este suplemento será de 20% da remuneração base de cada trabalhador e terá um aumento faseado – 10% em 2025, 5% em 2026 e 5% em 2027.

Os sindicatos dizem concordar com a criação de um suplemento único, mas querem que os 20% sejam atingidos mais cedo.

Em relação aos valores das tabelas remuneratórios, sindicatos e Governo estão mais próximos, mas ainda não estão de acordo, uma vez que os valores apresentados são, segundo as estruturas sindicais, ainda muito baixos e são também faseados até 2027.

Por exemplo, o Governo propõe que um bombeiro, depois do primeiro ano em período experimental, receba 1.222 euros este ano, 1.175 euros em 2026 e 1.228 euros em 2027.

O Governo aceitou manter as atuais sete categorias na carreira especial – ao contrário das cinco categorias da anterior proposta – e manter as atuais 35 horas semanais de trabalho – ao contrário das 40 horas propostas na última reunião.

Na reunião desta quinta-feira estiveram sete sindicatos, incluindo os Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).

O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que tinha sido convocado para o próximo dia 16 de janeiro, acabou por ser recebido também pelo Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, depois de esta estrutura sindical ter cancelado a greve e manifestação que tinha agendadas para dia 15 de janeiro.

O encontro estava marcado para as 17:00, mas os representantes sindicais entraram cerca de uma hora depois da hora prevista.

No início de dezembro, o executivo suspendeu as negociações com os bombeiros sapadores, acusando-os de estarem a fazer pressão ilegítima, com um protesto que incluiu petardos, tochas e fumos junto à sede do Governo.

Os bombeiros sapadores já realizaram três manifestações desde outubro com rebentamento de petardos e lançamento de tochas, além de uma ocupação da escadaria da Assembleia da República.

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Alfredo Miranda
Alfredo Miranda
Jornalista desde 1978, privilegiando ao longo da sua vida o jornalismo de investigação. Tendo Colaborado em diferentes órgãos de Comunicação Social portugueses e também no jornal cabo-verdiano Voz Di Povo.

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