Os tempos que correm são vertiginosos e exigem resultados imediatos. Nada de mais errado, digo eu, e explico porquê.
Mudar porque sim ou porque os resultados estão aquém daquilo que desejávamos é um erro. Afirmo-o com a experiência de mais de três décadas de liderança de projetos.
O resultado é importante, fundamental no médio ou longo prazo, mas não pode ser decisivo no curto prazo.
Essa emergência arrisca-se a matar à nascença – ou quase – projetos vencedores que têm tudo para apresentar resultados ímpares se houver paciência – ou perspicácia – para saber esperar.
Na minha opinião, o factor crítico de sucesso acaba por ser o processo. Acreditar nele, partilhando-o, dando formação e não desistir dele antes de tempo, fará a diferença, entre os grandes resultados… e os outros!
Digo mais. Acreditar no processo serve para tudo, para as empresas, para o desporto e, em limite, para a vida.
Há quem acredite que basta um sprint de 100 ou 400 metros para chegar à frente dos corredores de maratonas. Pode até ser assim pontualmente, mas o curto prazo será sempre substituído pelo médio ou longo prazo.
De forma jocosa, partilho a frase de um amigo, “parecem a Festa dos Tabuleiros, juntam-se de 4 em 4 anos!”.
Há quem acredite em fórmulas milagrosas… mas elas não são consistentes ao longo do tempo.
Volto a recordar o processo como aquele que fará a diferença. Pode não ser hoje e poderá não ser amanhã. Acreditar nele, resistindo e não desistindo antes de tempo, mostrará os seus resultados. Sobretudo se não houver zig-zagues e se os pilares se mantiverem intactos. Sim, a essência e os valores serão premiados a seu tempo.
E quando essa oportunidade chegar, será um ponto sem retorno, e um admirável mundo será conhecido. Por todos e para todos.
Apesar da conjuntura desfavorável, eu acredito. Acredito que desistir não pode ser opção. Independentemente do resultado imediato… é importante que Abrantes, cidade e concelho, tenham Alternativa.
E é isso que continuamos a construir. A Alternativa que fazia falta e que era precisa.