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A Humilhação de Zelenski e a Crónica “Fora da Bolha”

Haverá quem não goste deste texto, mas aqui vai. Confesso que embirro com o
Zelenski, sempre a pedir mais armas e dinheiro (muito dele ninguém sabe para
onde vai), mas a vitória sobre a Rússia está cada vez mais longe. Apesar, segundo
dizem, da Rússia estar quase depenada…

Só sei que Zelenski precisa da ajuda dos EUA e da Europa para sobreviver mais
algum tempo, mas é sabido que não conseguirá ganhar a guerra.

Zelenski funciona como se fosse o defensor do “mundo livre” e acha que todos têm
de concordar com as suas exigências. E a Europa, fraca, cada vez mais irrelevante
desde a 2.ª Grande Guerra, com “abraços e pancadinhas nas costas”, envia-lhe
sucata e pressiona para que o povo ucraniano “lute até ao fim, esmague a Rússia…
assim impedindo que o Algarve se torne mais um estado da Federação Rússa”! Os
EUA dão armamento e dinheiro, a Europa tem apoiado como claque de futebol e os
ucranianos que se amanhem como puderem.

Lá de longe, a governação democrata ia oferecendo armas e dinheiro à Ucrânia,
enquanto vendia armas e gás à Europa, mas, inesperadamente, o espertalhaço e
vaidoso Trump decidiu que queria mais e percebeu que guerras não são a resposta!
“Eu disse à União Europeia que têm de compensar o défice tremendo com os EUA
pela compra em grande escala do nosso petróleo e gás. Caso contrário, vamos
impor tarifas nessas e em outras trocas comerciais.”, afirmou Trump em Dezembro
de 2024.

Quererá a Europa tomar o lugar do belicismo americano, conforme parece indicar o
plano de Ursula von der Leyen? Vai construir tanques e outro armamento
tradicional, quando a guerra do futuro será essencialmente tecnológica e
económica? É muito importante que os países europeus estejam fortes para
poderem ser uma voz num mundo em mudança, o que não acontecerá tão
depressa.

Na verdade a Europa, cada vez mais irrelevante na ordem internacional, perante a
mudança tática de Trump desagrega-se, os países mais poderosos (esta é uma
União em que só alguns países têm verdadeira voz…) não se entendem e cada um
puxa para seu lado, mostrando querer apostar ainda mais na guerra: a França em
bicos dos pés diz que envia tropas e armas nucleares (Viva Napoleão!), a Alemanha
disfarça a crise interna e aumenta os gastos em defesa (com os neonazis a
espreitar) e o Reino Unido, de fora da UE, lembrando o seu passado colonial, grita
“estamos aqui e também queremos acabar com o bandido do Putin”. Quanto a
António Costa e outros dirigentes da União… reuniões e mais reuniões!

E os povos europeus vivem cada vez pior, há menos dinheiro para a educação, a
saude está como se sabe, os salários continuam baixos. Mas a resposta é gastar
(muito) mais dinheiro num rearmamento que nos defenderá duma hipotética invasão
russa! The Russians Are Coming, the Russians Are Coming, é um filme cómico de
Norman Jewison, de 1966, onde um percalço quase que dava origem a uma nova
guerra mundial. A paranóia do perigo russo já vem de longe…

Zelenzki, vaidoso, quis ir buscar lã e veio tosquiado. Apanhou pela frente outro
vaidoso, mas muito mais forte. Chamaram-lhe bulling, eu vejo um galifão que ficou
depenado, sem força, era tudo aparência. Agora já são só falinhas mansas”, no
possível encontro da próxima semana, calculo eu, já irá com a farda de gala que o
patrão encomendou. Trump tem razão, é necessário chegar a um acordo, será a
única forma de terminar com esta guerra. E claro que a Ucrânia e a Europa terão de
colaborar nesse entendimento, cada parte sabendo o seu lugar na mesa!

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Joaquim Correia
Joaquim Correia
“É com prazer que passo a colaborar no jornal Regiões, até porque percebo que o conceito de “regiões” tem aqui um sentido abrangente e não meramente nacional, incluÍndo o resto do mundo. Será nessa perspectiva que tentarei contar algumas histórias.” Estudou em Portugal e Angola, onde também prestou Serviço Militar. Viveu 11 anos em Macau, ponto de partida para conhecer o Oriente. Licenciatura em Direito, tendo praticado advocacia Pós-Graduação em Ciências Documentais, tendo lecionado na Universidade de Macau. É autor de diversos trabalhos ligados à investigação, particularmente no campo musical

1 COMENTÁRIO

  1. a mim, o que me preocupa, para além de todas as simpatias ou antipatias pessoais com quem gosta ou não gosta do Volodimir, ator tornado presidente, é que ele é o representante (teria sido reeleito se as eleições previstas se tivessem realizado?) de um país invadido, por razões ínvias, por um país, governado por um gangster.
    Ora, este criminoso que desde o início deste século só tem dado mostras de maus fígados – mais um em que a mãe não deveria ter tido dúvidas em abortar – e que tem espalhado o terrorismo a partir de um estado, de um país e de uma cultura que muito respeito e admiro.
    Putin não é a Rússia, não representa os russos – já matou mais de um milhão dos seus compatriotas nesta invasão insana.
    E o que não entendo é que inviesar a questão aqui é grave, porque ultrapassa a questão central – o direito internacional e a paz dos povos. E por isso, quer gostemos ou não dele, quer ele tenha sido eleito democraticamente com a ajuda de grupelhos de extrema-direita, ou não, o que é importante, é acabar com Putin – é dele a autoria de quase todos os conflitos sangrentos que ocorreram no nosso continente, nos últimos 25 anos. Como sou objetor de consciência preocupa-me sobretudo esta escalada para a produção de objetos de dor e morte. Preocupa-me que a barbárie se tenha tornado rotina – Congo, Sudão, Ucrânia e Palestina – e preocupa-me que não haja o cuidado de gastarmos com a educação – miúdo educado nunca será soldado – para que no futuro possamos concentrar esforços sim, na economia, na ciência e tecnologia e ensinarmos na escola que estas questões de território ecoam de disputas de primos da idade média e que agora que temos internet somos todos Congoleses, Sudaneses, Palestinianos, e Ucranianos… Quando explicamos a estes gangsters que o mundo já não é o mesmo e que queremos todos viver em paz

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