Macron ameaça Kremlin com novas sanções caso não cumpra cessar-fogo na Ucrânia
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta terça-feira, 13 de maio, que a União Europeia se prepara para aplicar novas sanções à Rússia, caso esta não respeite o cessar-fogo de 30 dias proposto por Kiev e apoiado pelos seus aliados ocidentais. O aviso surge no contexto de uma visita de alto nível à Ucrânia, onde o líder francês esteve acompanhado pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, pelo primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
“A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kiev e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções. Já aplicámos várias dezenas e vamos aplicar nos próximos dias, em estreita ligação com os Estados Unidos”, declarou Macron, sublinhando o compromisso europeu com a defesa da soberania ucraniana.
Segundo o chefe de Estado francês, os preparativos para estas sanções secundárias já estão em marcha e poderão ser oficializados nos próximos dias. A medida conta com o apoio da administração norte-americana liderada por Donald Trump, que se mantém alinhada com os esforços europeus no sentido de pressionar Moscovo a aceitar uma solução pacífica para o conflito.
Macron reforçou que a coligação internacional disposta a fornecer garantias de segurança à Ucrânia não pretende intensificar o conflito. “Queremos ajudar a Ucrânia, mas nunca escalar. Por essa razão, foi decidido não enviar tropas para Kiev”, afirmou o Presidente francês, procurando afastar o espectro de uma intervenção direta.
A visita conjunta dos líderes europeus à capital ucraniana representou um sinal de unidade e determinação face à agressão russa. Apesar da retórica firme do Ocidente, o Kremlin tem dado sinais de desprezo pelas sanções anteriores, considerando que estas não surtiram efeitos estratégicos significativos.
Resta agora saber se Moscovo responderá ao apelo internacional e se acatará a trégua proposta. Caso contrário, o endurecimento das medidas económicas e diplomáticas poderá marcar uma nova fase na pressão exercida pela Europa e pelos Estados Unidos sobre a Rússia.
A situação continua a evoluir, e os próximos dias serão decisivos para o futuro da estabilidade na região.