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Pedro Rego: “Chegou a hora de acabar com a corrupção em Idanha-a-Nova”

“É tempo de, também, na Idanha-a-Nova, se acabar com a corrupção que tem grassado em todo o país nas últimas décadas”, defende o candidato independente do Chega, Pedro Miguel Canitos Rego da Silva, à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Em contraponto e como idanhense, o candidato salienta que não pode e não deve “assistir a esta degradação das instituições e dos órgãos municipais de braços cruzados”. É com este espírito de missão que decidiu aceitar o desafio que lhe foi colocado pelo partido Chega. Numa luta contra “os velhos do Restelo” que teimam em considerar que “Lisboa é Portugal e o resto é paisagem”.

Pedro Miguel Canitos Rego da Silva, de 51 anos, é o candidato do Chega, como independente, à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Como objectivos principais tem a educação, a habitação, a segurança, a mobilidade e os transportes, a economia e o emprego, a agricultura, a saúde e a assistência aos idosos.

Residente no Ladoeiro, Pedro Rego, licenciado em História de Arte e Direito, “quer dar aos empresários e empreendedores do concelho as condições que eles necessitam para o crescimento das suas empresas, o que redundará na criação de mais postos de trabalho”, exemplificando com a criação do Parque Empresarial e Industrial do Ladoeiro que irá permitir “o crescimento da actividade empresarial e industrial naquela localidade, com a consequente criação de emprego”.

Antigo deputado na Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova, professor, jornalista, técnico Superior na Administração Local e advogado, Pedro Rego defende o reforço das “competências e das atribuições do pelouro da economia, para que, em sede de concertação, se encontrem as soluções mais adequadas à consolidação e crescimento empresarial do concelho”. Essas medidas – segundo refere – “serão adoptadas em função das necessidades dos empresários e dos empreendedores”.

Foto: D.R. Pedro Rego

ORegiões – Considerando que vamos entrar num período de campanha eleitoral para as autárquicas, que mensagem enviaria para Lisboa, em nome dos autarcas, para os líderes partidários nacionais?

Pedro Rego – A mensagem a enviar, talvez não tanto em nome dos autarcas, mas em nome de todos aqueles que teimam em não abandonar este interior esquecido do poder central, seria: Portugal não é só Lisboa, apesar do resto do país ser, efectivamente, uma bonita paisagem.

O que o leva concorrer, como independente, nas listas do Chega, para a Câmara Municipal da Idanha?

Nos últimos anos temos assistido a uma degradação inaceitável da imagem do Município de Idanha-a-Nova, em razão de diversos escândalos mediáticos, buscas da polícia judiciária e processos nos tribunais, que envolvem o actual executivo socialista em alegados casos de peculato, favorecimento, participação económica em negócio, entre outros. Como idanhense não posso e não devo assistir a esta degradação das instituições e dos órgãos municipais de braços cruzados, e foi com espírito de missão que decidi aceitar este desafio que me foi colocado pelo partido Chega, porque, justamente, é tempo de também em Idanha-a-Nova se acabar com a corrupção que tem grassado em todo o país nas últimas décadas.

Em 2025 há eleições autárquicas, em jeito de balanço ao actual mandato do PS, como candidato quais são, na sua perspectiva, os pontos altos e pontos baixos destes últimos quatro anos?

Na sequência do que eu já disse, durante estes últimos quatro anos, com efeito, assistimos a uma degradação não só da imagem do Município, mas também da qualidade de vida dos munícipes, em resultado das políticas erradas do actual executivo, que olharam para o nosso território como um producto de marketing e de vendas, e não como espaço vital onde decorre a vida dos idanhenses.

Quero inverter essa tendência, porque para mim os idanhenses estão em primeiríssimo lugar: aqueles que vivem no nosso território e aqueles que, na diáspora, mantêm uma ligação efectiva à terra que os viu nascer e crescer. Mas se é verdade que nos últimos quatro anos o processo de degradação do município se agravou, a verdade é que ele já tinha começado nos mandatos anteriores.

E por isso mesmo temos hoje um concelho de Idanha-a-Nova com menos pessoas, com menos comércio, com menos e piores serviços prestados à população. É confrangedor verificar, como eu o tenho feito mais intensamente nos últimos meses, o estado de abandono a que foi votado o património e os equipamentos públicos do concelho, bem como a degradação urbanística que é transversal a todas as freguesias. E isso, como eu disse, é o resultado das políticas adoptadas pelo executivo socialista nos últimos mandatos. Tudo o resto, não passa de fantasia, que se esvai como a espuma dos dias.

Vai realizar alguma auditoria à actual gestão socialista?

Obviamente.

O que é para si a Idanha?

Idanha é a minha terra, a terra dos meus pais e dos meus avós. Uma terra de histórias e de tradições, mas também de oportunidades que é preciso aproveitar. Foi aqui que cresci e foi aqui que decidi construir a minha vida, porque tenho um sentimento de pertença muito forte ao nosso território, e penso que é justamente isso que me motiva a querer servir as suas terras e as suas gentes.

Vivi longe da Idanha durante os últimos anos, em razão da minha carreira académica e profissional, embora nunca tivesse perdido o contacto permanente com a família e com a aldeia onde vivo, o Ladoeiro. Agora, depois das minhas deambulações, chegou o tempo de regressar, de respirar um pouco mais calmamente, e de dar algo de mim à terra que me viu crescer. Idanha é também por isso a Ítaca a que regresso com gosto.

Caso seja eleito, como serão as primeiras semanas à frente da Câmara Municipal da Idanha?

De trabalho, trabalho e mais trabalho, naturalmente. Há cerca de 20 anos tive oportunidade de trabalhar no município de Idanha-a-Nova, onde exerci as funções de assessor de imprensa do presidente Álvaro Rocha. Desse tempo, resultaram as melhores relações com todos os funcionários do município, embora alguns já se tenham reformado e outros tenham ingressado há pouco tempo. A sensação que eu tenho é que me vou juntar de novo à equipa que então deixei, para deitar mãos à obra, que há muita coisa por fazer.

O que espera encontrar?

Uma equipa motivada e empenhada em fazer mais e melhor pelo nosso território. Conheço bem a nossa terra, conheço bem as nossas gentes. Não vai haver surpresas. O que vai haver é muito trabalho.

O que vai propor como medidas imediatas?

Tenho bem claro no meu espírito quais são as áreas prioritárias para o concelho, tais como a educação, a habitação, a segurança, a mobilidade e os transportes, a economia e o emprego, a agricultura, a saúde e a assistência aos idosos. Certamente, as medidas mais urgentes darão resposta às mais prementes necessidades nesse enquadramento.

Apesar de ainda ser candidato, quando é que pensa que a Idanha vai ter uma rede de transportes urbanos que satisfaça a população?

Como disse, os transportes e a mobilidade das pessoas, entre as diferentes localidades do concelho, a sede de concelho e a capital do distrito, são uma verdadeira prioridade para mim, motivo pelo qual a resposta será dada com a máxima urgência.

10 – Como pensa que a Idanha pode atrair novas empresas de maneira a fixar as pessoas?

A minha prioridade vai ser atender as necessidades da população residente, satisfazer os seus interesses legítimos, dar resposta aos seus problemas e às suas inquietações, por mais pequenos que sejam, de forma a proporcionar-lhes melhores condições de vida.

Quero prestar especial atenção às empresas que já estão fixadas no território, perceber como podem elas crescer, investir e criar mais empregos. Quero olhar primeiro para os nossos: as nossas pessoas, as nossas famílias, os nossos jovens, os nossos idosos, os nossos empresários e empreendedores. Enquanto os que já cá estão não tiverem todas as condições e apoios que merecem, penso que não valerá a pena perseguir novas quimeras. Isso seria repetir o erro do actual executivo.

Quais são os incentivos que vai propor às empresas que se queiram fixar no concelho, caso seja eleito?

Como disse, quero em primeiro lugar ouvir e perceber as aspirações e as necessidades dos empresários e empreendedores que já estão a trabalhar e a investir no nosso território. Eles serão a minha primeiríssima prioridade.

Por isso mesmo, quero reforçar as competências e as atribuições do pelouro da economia, para que, em sede de concertação, se encontrem as soluções mais adequadas à consolidação e crescimento empresarial do concelho. As medidas serão adoptadas em função das necessidades dos empresários e dos empreendedores. A autarquia deverá ser uma parceira atenta e activa dos empreendedores e empresários.

As novas energias também entram no seu programa para o concelho?

Como disse, o vereador que assumir o pelouro da economia, estará atento às necessidades e às propostas dos empresários e dos empreendedores do concelho. Certamente, em conjunto, não deixará de se ter em conta a importância das novas energias numa perspectiva de desenvolvimento sustentável do território.

Como está hoje o concelho em termos de emprego? O que vai fazer se for eleito?

O concelho deve ser visto e encarado como o somatório de diferentes freguesias. E, sendo, assim, a questão do emprego apresenta características muito desiguais, com freguesias onde não existem problemas de emprego, e outras onde a taxa de desemprego é muito elevada. Para combater essas, e outras, assimetrias, tem de existir um serviço de transportes adequado, de modo a garantirmos que a mobilidade das pessoas entre as diferentes localidades possa contribuir para a diminuição da taxa de desemprego que se verifica em algumas freguesias.

Como já disse, quero dar aos empresários e empreendedores do concelho as condições que eles necessitam para o crescimento das suas empresas, o que redundará na criação de mais postos de trabalho. Para dar apenas um exemplo, penso que a criação do Parque Empresarial e Industrial do Ladoeiro permitirá o crescimento da actividade empresarial e industrial naquela localidade, com a consequente criação de emprego.

14 – Como é que pretende valorizar o potencial cultural que existe no concelho?

O concelho de Idanha é um território com uma riqueza cultural e artística ímpar, quer do ponto de vista da cultura material, construída e edificada, quer do ponto de vista imaterial, a música, as tradições, a história. Por outro lado, o Município dispõe hoje de um quadro de recursos humanos muito qualificado neste sector.

Provavelmente, chamarei a mim o pelouro da cultura, dada a minha formação académica em história, arte e património, e dado o meu profundo conhecimento do território. Mas conto a meu lado com um conjunto de pessoas muito bem preparadas, na área da programação cultural, da história, da arte, do património, da museologia. É preciso ter uma visão de conjunto de todo o nosso potencial cultural. Estudar, conservar, valorizar e divulgar serão as palavras de ordem para o pelouro da cultura

O que é que mais aprecia nas pessoas do concelho?

O seu carácter autêntico e genuíno. A sua capacidade de trabalho e de resistência às adversidades. A sua forma de acolher e o seu espírito de comunidade. A facilidade com que se diz bem-haja.

Como é que gostava de ver a Idanha daqui a quatro anos?

Com uma esperança renovada e com a capacidade de acreditar num futuro mais próspero, mais digno e mais solidário para todo o território, para a suas terras e para as suas gentes. Gostava de ver a Idanha com o desenvolvimento, a projecção e a visibilidade que conheceu em tempos passados, e que hoje não passa de uma saudosa imagem do passado

Se é adorado por uns, por outros nem tanto… lida bem com isso?

Não sei se sou adorado por uns nem odiado por outros. Não serei diferente de tantos outros. Mas sei que os Idanhenses me conhecem, que me conhecem bem, e que não duvidam das minhas qualidades e das minhas capacidades para liderar um projecto comum, e um conjunto de pessoas que tem como missão servir o interesse e a causa pública, servir o concelho e cada uma das suas localidades, sem fazer distinção, desde a mais pequena até à mais populosa.

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Alfredo Miranda
Alfredo Miranda
Jornalista desde 1978, privilegiando ao longo da sua vida o jornalismo de investigação. Tendo Colaborado em diferentes órgãos de Comunicação Social portugueses e também no jornal cabo-verdiano Voz Di Povo.

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