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Fim da Refinaria de Lítio em Setúbal Revela Fragilidade Europeia, Afirma Ministra do Ambiente

A decisão de cancelar o projeto de refinaria de lítio em Setúbal, anunciada pela Galp, foi classificada como “preocupante e triste” pela ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho. O abandono do projeto Aurora surge após a saída da Northvolt, parceira de investimento, sem que a Galp tenha conseguido encontrar outro parceiro. Esta desistência, além de ser um golpe para Portugal, evidencia, segundo a ministra, uma Europa enfraquecida perante os desafios globais na área do lítio e da transição energética.

A ministra destacou que esta decisão reflete um “arrefecimento do mercado” no setor das baterias e do lítio, enquanto países do sudeste asiático, especialmente a China, continuam a consolidar a sua posição dominante. “É mais um investimento que não vem para o país. Isso é preocupante e triste, mas é essencialmente preocupante a nível europeu”, afirmou, alertando para a incapacidade da Europa em competir com a China.

Maria da Graça Carvalho falou aos jornalistas após uma visita à Agência Portuguesa do Ambiente, onde sublinhou a necessidade de uma “grande reflexão” a nível nacional e europeu sobre o posicionamento estratégico na área do lítio, da energia e do setor automóvel. “Se não ajustarmos as nossas políticas, corremos o risco de nos tornarmos um continente irrelevante e mais pobre”, advertiu.

A crise, segundo a ministra, não se limita a Portugal e é um reflexo de uma estratégia europeia insuficiente para enfrentar desafios globais. Ela destacou ainda que a lei europeia sobre eletrificação automóvel até 2035, da qual discordou enquanto eurodeputada, contribuiu para o contexto atual: “Estas são consequências dessa decisão, e a Europa precisa de rever a sua estratégia para evitar novos fracassos”.

Em comunicado, a Galp justificou a decisão de cancelar a refinaria devido à falta de um parceiro internacional, apesar dos esforços realizados, que incluíram estudos de engenharia, processos de licenciamento e a busca de financiamentos. Sem o apoio necessário, o projeto Aurora tornou-se inviável, marcando mais um capítulo de incerteza para o futuro da transição energética na Europa.

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