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Coexistência/IA: o humano fica mecanizado e a máquina humanizada

A Inteligência artificial já está aí, no nosso dia a dia. Mal damos por ela porque a imaginamos com rostos robotizados. Mas, para além de estar em pequenas coisas domésticas, já as vimos na saúde, na indústria, nas guerras da Ucrânia e de Israel e até nos drones que, na passagem de ano, fizeram, com precisão, imagens de paz nos céus. Os investigadores dizem que a IA está ainda no começo, pois vai trazer, irreversivelmente, uma revolução jamais vista no Mundo.

Como como todas as revoluções, temos medo, mas a história mostra que o ser humano sempre ousou descobrir. Nesta, receamos que os fluxos neurais, artificiais, criados pelos humanos, nos venham a dominar, levando mesmo à extinção humana. A IA fará tudo mais rápido, com maior precisão, descobrirá segredos, revelará a vida oculta dos animais, ajudará a prevenir catástrofes, planeará e até pensará de forma mais eficiente. Cometerá muitos erros.

Sobre esse futuro de possibilidades quase ilimitadas saíram dois interessantes acervos: O livro “GENESIS – Inteligência Artificial, Esperança, e o Espírito Humano”. A obra teve a cooperação do antigo diplomata e homem de estado, Prémio Nobel da Paz, Henry Kissinger, que faleceu em 2023, com os tecnólogos Craig Mundie e Eric Schmidt. Mostra os desafios muito complexos e responsabilidades da IA, que, apesar de já existir começou a ser falada e discutida depois da OpenAI ter lançado o ChatGPT no final de 2022. O livro aborda questões para podermos coexistir com as máquinas, mantendo o que significa o ser humano.

Também a revista National Geographic, de janeiro 2025, fala sobre o tema, referindo que os “superpoderes das máquinas não conhecem limites, mas esta evolução tem rosto humano”. Traz uma série de cientistas e depoimentos a mostrar a evolução extraordinária e benéfica da IA, no campo da astronomia, saúde, ambiente e defesa.

São muitas as evoluções e também muitas as consequências abordadas nestas obras sobre a IA que, dizem os investigadores assume a aparência que se quiser: Podem existir várias ias. Tanto podem ter a aparência de um cão que serve para descobrir coisas difíceis, como a de uma máquina com semelhança física ao ser humano. Vão ultrapassar o cérebro humano.

Dizem os investigadores que o ciclo da criação – biológica, tecnológica, política, sociológica – está a entrar numa nova fase e que uma interrupção da aplicação dos poderes da IA poderia, ela própria, provocar uma crise.

Para o bem e para o mal, tudo parece prosseguir como sempre foi: uma simples lâmina de uma faca dá para descascar uma maçã, mas também para matar. Estamos no começo como dizem os cientistas, mas a IA é um assunto que todos devemos acompanhar. Apesar das muitas qualidades humanas que partilhamos, não podemos, para avançar, esperar unidade nas escolhas que fazemos, mas estaremos atentos para que as divergências apontem as melhores soluções.

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Otília Leitão
Otília Leitão
Doutorada em Ciências da Comunicação no ISCTE-IUL (2021), Mestre em Comunicação, Media e Justiça Universidade Nova de Lisboa ( 2010-2012). Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa (Menção jurídico políticas). Curso de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (sistema e-learning) Instituto Camões.

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