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MARINHA GRANDE: Greve no Setor Vidreiro – Protestos Continuam na Próxima Semana nas Fábricas da BA Glass

A greve no setor vidreiro, que começou na Marinha Grande, vai continuar na próxima semana nas fábricas da BA Glass, uma das maiores empresas do setor em Portugal. A paralisação, que teve início no passado dia 1 de abril e vai até 3 de abril, visa exigir aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho. A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM) anunciou que a greve será alargada a três unidades da BA Glass, localizadas em Marinha Grande, Avintes (Porto) e Venda Nova (Lisboa), totalizando mais de mil trabalhadores envolvidos no movimento.

De acordo com Fátima Messias, coordenadora da FEVICCOM, o movimento está a ganhar força e o número de aderentes tem sido muito elevado, com a paralisação a afetar a produção nas empresas. “As razões dos trabalhadores estão bem evidenciadas nesta luta”, afirmou, destacando que os trabalhadores reclamam um aumento salarial digno e condições de trabalho adequadas, especialmente considerando o aumento do custo de vida e as exigências do trabalho por turnos, muitas vezes em horários exigentes e em condições físicas difíceis.

A greve teve início com uma adesão massiva na fábrica Santos Barosa, que terminou na madrugada de quinta-feira, continuou na Gallo Vidro e, no mesmo dia, iniciou-se na Vidrala Logistics. Em todas as unidades, a adesão tem sido quase total, com a paragem da produção. A FEVICCOM sublinha que este é um protesto inédito, que envolve simultaneamente várias empresas do grupo Vidrala, que não se realizava há vários anos.
Além das reivindicações salariais, a greve também denuncia as más condições de trabalho enfrentadas pelos operários. A coordenadora da FEVICCOM sublinhou que os trabalhadores exigem uma maior valorização do seu trabalho e respeito pelos esforços diários que fazem, seja no trabalho por turnos, seja nas condições extremamente exigentes das fábricas.

Durante a greve, surgiram ainda acusações graves contra as empresas do grupo Vidrala. Fátima Messias revelou que as empresas tentaram influenciar os trabalhadores a não aderirem ao movimento, enviando-lhes documentos com instruções sobre tarefas que pertencem ao piquete de greve, como a segurança dos equipamentos e instalações. De acordo com a sindicalista, essa ação constitui uma pressão ilegítima e uma violação do direito à greve. Além disso, em uma das fábricas, foram observados procedimentos técnicos que, segundo os trabalhadores, poderiam ter causado danos sérios aos equipamentos, levando à intervenção dos bombeiros devido a um aumento excessivo da temperatura da água utilizada nos processos.

Face a esta situação, a FEVICCOM e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira vão avaliar as ações a tomar, incluindo uma possível ação contra as empresas por violação das normas de segurança. A federação exige que as empresas voltem à mesa das negociações e tirem as devidas lições deste protesto, e já anunciou que, dependendo da postura das empresas, novas formas de luta poderão ser decididas.

Fátima Messias concluiu, reafirmando que o foco continua a ser a melhoria das condições de trabalho e o aumento salarial para refletir o custo de vida atual. O movimento sindical irá propor novas datas para negociações, mas já adverte que, caso não haja resposta das empresas, a luta poderá ser intensificada.

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