A água e os rios da Amazónia, uma obra de Philipe Glass, evocados hoje na música tocada com instrumentos como copos e garrafas constitui uma das maiores originalidades num concerto que teve lugar no patio do castelo de Marvão.

Sob um calor intenso, a rondar os 40 graus, ao ar livre, a assistência pode ouvir o Druming Grupo de Percussão constituído por João Simões, Vítor Castro, André Dias dirigidos por Miguel Bernat músicos portugueses e espanhóis. O concerto está inserido no 10″ festival internacional de música de Marvão a decorrer ate 28 de julho, e em vários locais da região.

Com audiência variada, onde se destacava uma presença fortemente alemã, foi possível ouvir a musica electrónica e de orgão, misturada com sons do toque dos dedos em copos cheios de água, em garrafas e chocalhos. O grupo reproduziu sons do movimento da água, dos rios e do mar, mas também das sirenes a lembrar-nos, perante um profundo silêncio, os sons da guerra a que o mundo assiste.