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MADEIRA: Daqui ninguém me tira

Miguel Albuquerque recusa entregar a liderança do PSD/Madeira – e, por maioria de razão, do Governo Regional – a quem quer que seja, a não ser que seja essa decisão dos madeirenses em eleições regionais. O líder do governo regional reuniu esta manhã a comissão política do PSD e garante que não se demite nem do governo nem da liderança do PSD Madeira. E para os que o criticam diz apenas que “é um expediente para os incendiários tomarem conta da floresta”.

O presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira diz que vai enfrentar “de cabeça erguida” a “situação rocambolesca” da moção e censura ao Governo Regional. “Não me demito.” Miguel Albuquerque refaz o aviso, que já tinha deixado, e diz que não vai abandonar o governo regional nem a liderança do PSD Madeira.

“Podem pedir, mas eu não vou sair porque tenho a comissão regional comigo”, diz Albuquerque, numa mensagem para os críticos internos e, para quem exige a demissão do governo, responde que isso seria uma fraude para com o voto dos madeirenses.

“Isso seria uma fraude e é uma tentativa de enfraquecer o partido por dentro. Se pensam que eu vou sair para pôr um líder provisório para depois deitarem abaixo e conquistarem o poder, estão enganados. Estou aqui para dar a cara e não me demito”, avisa Miguel Albuquerque a quem pede a sua saída do governo regional.

O presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira acusa o Chega de querer tomar o poder. “É estranha esta moção, uma vez que é inoportuna e irresponsável (…) o que deduzimos é que esta é uma moção de censura imposta pela liderança nacional do Chega no sentido de criar instabilidade política na região (…) Se pensam que eu vou sair para porem um líder provisório para depois deitarem abaixo e conquistarem o poder tão enganados, nós estamos aqui para dar a cara e eu estou aqui para dar a cara. Eu não me demito.”

Albuquerque considera estar legitimado para continuar no cargo porque foi eleito em eleições regionais em 2023 e em 2024, tendo vencido também as eleições internas em março desse ano, apesar das investigações judiciais que estão a ser feitas ao presidente do executivo e a quatro secretários regionais, tendo todos sido constituídos arguidos.

O mesmo, pelos vistos, não pensam o Chega e o PS, que deverá votar a favor da moção de censura a Miguel Albuquerque apresentada pelo Chega. Se o Governo da Madeira cair os socialistas querem eleições antecipadas.

O Executivo de Miguel Albuquerque está assim por um fio e se os socialistas seguirem a opinião do líder o mais certo é que não passe de 18 de novembro, dia em que será discutida no parlamento regional a moção de censura apresentada pelo Chega.

A gota de água que levou Miguel Castro, o líder do Chega-Madeira, a apresentar uma moção de censura foi a entrada de mais um pedido do Ministério Público para levantar a imunidade ao secretário do Turismo, o quinto membro do Executivo (em oito) alvo de processos judiciais.

Ligado ao Governo de Albuquerque desde que viabilizou o programa do Governo e o Orçamento regional, o partido de Ventura mudou de posição e garante que só aceita um novo Governo social-democrata perante uma demissão de Miguel Albuquerque e há movimentações no PSD para que tal aconteça. O presidente do Governo Regional fica de novo sem maioria, à beira de cair.

“Nunca tive dúvida” e o PS “está disponível para viabilizar” a moção de censura do Chega. Dois dias após a entrada do documento no parlamento regional, o líder regional dos socialistas na Madeira, Paulo Cafôfo, garante, em declarações à Antena 1, que é favorável à censura que, se viabilizada levará à queda do Governo Regional de Miguel Albuquerque.

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