Quando faço scroll com o rato no facebook, por vezes vejo posts de pessoas que conheço bem e que me deixam perplexo! Penso para mim: “a vida desta gente já está para lá dos ansiolíticos tomados”. A paragem no tempo é como quem está a viver numa outra galáxia com a desinformação do facebook de janela para a outra margem, não fosse também a vida uma passagem. Mas ver pessoas neste quadrante pesadelo, é frustrante, pois quando os encontramos na rua podemos verificar que a coisa vai mesmo mal já numa orbita acentuada e desligada, com um cumprimento em laia de apressado porque tem as horas marcadas para ir correr para casa e sentar-se no PC e colocar o seu post diário como se de um medicamento necessário fosse.
Neste texto vou tentar exprimir a minha opinião em relação a estes amigos do facebook, que tem a vida escondida nas aparências virtuais.
As redes sociais, especialmente o Facebook, tornaram-se palcos virtuais onde muitos compartilham fragmentos seletivos de suas vidas. Os amigos do Facebook, por vezes, transformam suas páginas em vitrines reluzentes, exibindo uma realidade cuidadosamente editada. Por trás das fotos sorridentes e das atualizações diárias, muitos criam uma narrativa fictícia, uma vida aparentemente desprovida de problemas e repleta de momentos deslumbrantes.
A verdade, no entanto, reside além dessas postagens polidas. A vida é inerentemente complexa, repleta de altos e baixos, desafios e triunfos. Os amigos do Facebook, ao criar uma fachada imaculada, muitas vezes caem na armadilha de construir uma existência virtual que é tão irreal quanto um conto de fadas.
É compreensível que desejemos compartilhar nossas conquistas e momentos de felicidade. No entanto, quando essa prática se torna uma busca incessante por validação e reconhecimento, a linha entre a expressão autêntica e a fabricação deliberada se torna tênue. Os amigos do Facebook, ao se esconderem por trás de uma cortina de perfeição, podem inadvertidamente criar padrões inatingíveis para si mesmos e para os outros.
A competição pela atenção e aprovação nas redes sociais pode gerar um ciclo vicioso. A busca incessante por likes e comentários pode se transformar em uma corrida desenfreada em direção ao fictício, onde cada atualização se torna uma peça em um jogo de autoafirmação. Os amigos do Facebook, em sua busca por validação, podem esquecer que a verdadeira autenticidade reside na aceitação de nossas imperfeições e na celebração dos altos e baixos que compõem a jornada da vida.
A pressão para manter uma fachada impecável também pode ter impactos negativos na saúde mental. A comparação constante com as vidas aparentemente perfeitas dos outros pode gerar sentimentos de inadequação e insatisfação. É crucial lembrar que as redes sociais são apenas uma fatia da realidade e não refletem a complexidade completa da experiência humana.
Em vez de viverem autenticamente, os amigos do Facebook, muitas vezes sem perceber, aprisionam-se em uma redoma de superficialidade. A janela aberta para o fictício torna-se um véu que obscurece a verdadeira essência da vida. A aceitação da imperfeição, a vulnerabilidade e a conexão humana genuína são aspectos essenciais que muitas vezes ficam perdidos no brilho artificial das postagens nas redes sociais.
Portanto, é importante cultivar uma abordagem equilibrada ao usar as redes sociais. Compartilhar momentos de alegria é válido, mas é igualmente valioso ser honesto sobre os desafios e as imperfeições que todos enfrentamos. A verdadeira conexão entre amigos vai além da superfície brilhante das postagens e floresce quando há espaço para a autenticidade e compreensão mútua.
Em última análise, os amigos do Facebook têm a oportunidade de transformar suas páginas em espaços mais significativos, onde a genuinidade é valorizada mais do que a perfeição aparente. Ao quebrar as barreiras da redoma do fictício, podem construir conexões mais profundas e significativas em um mundo digital muitas vezes saturado pela ilusão da perfeição.
O facebook é para aqueles, que conseguem ainda discernir o real do irreal com a nostalgia de uma vida bem preenchida, mas sem perder o norte da vida real!
O chat é bom para comunicar, às vezes mais lento do que é preciso mesmo quando os utilizadores estão online mas em pleno sonho virtual com olhos no monitor do PC, à espera que o like caia no seu post metido. Com tal rotina virtual, estes “estagnam” e também ficam mentalmente offline.
