Até Novembro, as receitas turísticas aingiram os 6355 milhões de euros. De salientar que o valor acumulado dos primeiros 10 meses do ano passado se encontra próximo dos 25 mil milhões de euros. Aliás, os proveitos totais e os proveitos de aposento no alojamento turístico aumentaram 11,0% até novembro, sobretudo devido às dormidas de não residentes.
O sector do turismo prepara-se para apresentar novos recordes anuais de turistas e de receitas, à medida que se vão conhecendo os números oficiais. No segmento do alojamento turístico, os proveitos totais até Novembro do ano passado foram de 6355 milhões de euros, superando os 6015 milhões das receitas de todo o ano anterior.
Esta realidade é visível em todas as regiões turísticas, com o maior montante a ser encaixado pela Grande Lisboa, com 1907 milhões de euros, conforme demonstram nesta terça-feira os dados da actividade turística do Instituto Nacional de Estatística (que não contabiliza as unidades de alojamento local com menos de dez camas). Segue-se o Algarve, com 1662 milhões, e o Norte, com 1002 milhões. Juntas, estas três regiões representam 72% do total dos proveitos destes 11 meses.
De facto e de acordo com as estatísticas da atividade turística divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística(INE), o crescimento dos proveitos de janeiro a novembro refletiu um aumento de 4,1% nas dormidas neste período, com as dormidas de não residentes a crescerem 4,8%, enquanto as dos residentes registaram um crescimento inferior (+2,5%).
No período em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 72,0 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) foi 121,60 euros, o que corresponde a crescimentos anuais de 7,0% e 6,5%, respetivamente.
Considerando apenas o mês de novembro, os proveitos totais atingiram 385,9 milhões de euros e os de aposento 285,3 milhões de euros, refletindo um crescimento de 16,7% em ambos (+10,0% e +10,9% em outubro, pela mesma ordem).
Em novembro, a região da Grande Lisboa foi a que mais contribuiu para os proveitos globais (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%). A região Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e a Região Autónoma da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimento dos proveitos, tendo os maiores aumentos ocorrido no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos proveitos de pensões) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente).
O crescimento dos proveitos foi também transversal aos três segmentos de alojamento em novembro: na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88,0% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17,0%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registou um aumento de 17,0%. 0%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registaram aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,7% nos proveitos de aposento (pesos de 8,7% e 10,5%, respetivamente).
No turismo no espaço rural e residencial (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25,0%, respetivamente.
Dormidas
No mês em análise, o sector do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes (+14,0%) e 5,0 milhões de dormidas (+9,8%).
O município de Lisboa representou 23,5% do total de dormidas, atingindo 1,2 milhões (+3,6%, após +1,7% em outubro), com as dormidas de residentes a aumentarem 8,9% e as de não residentes 2,7%. Este município foi responsável por 29,2% das dormidas de não residentes em novembro.
O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (486,6 mil dormidas, um peso de 9,7%) e registou um crescimento de 3,6% (+1,1% em outubro). Segundo o INE, as dormidas de residentes registaram um “aumento significativo” (+44,2%), enquanto as de não residentes diminuíram 1,5%, tendo este município sido responsável por 12,2% do total de dormidas de não residentes em novembro.
No Porto, as dormidas totalizaram 446,9 mil (8,9% do total), tendo-se observado um crescimento de 16,3% (+4,5% em outubro), com o contributo das dormidas de residentes (+26,8%) e não residentes (+13,8%).
Por sua vez, Albufeira (256,8 mil dormidas, peso de 5,1%) apresentou um decréscimo de 5,4% (-2,2% em outubro), impulsionado pelos não residentes (-6,9%), dado que as dormidas de residentes aumentaram 4,6%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em novembro, as dormidas de não residentes superaram as de residentes.