Ressurge com novo álbum na Casa da Música, ao fim se sete anos.
Hugo Carvalhais, contrabaixista, natural do Porto e um dos mais talentosos da cena jazzística portuguesa, surge agora, após sete anos de intervalo, com um novo trabalho que apresentou, na Casa da Música, no Porto: Ascética, 2022, no âmbito do programa “Outono em jazz”,
O programa com performances espalhadas por toda a cidade e outros locais traz, no próximo dia 30, Stacey Kent e Danilo Caymmi, um espetáculo que homenageia o músico brasileiro, Tom Jobim.
Ascética (2022, Cleen Feed), é o trabalho com que Hugo Carvalhais pretende mergulhar nas consciências, num concerto que foi repartido, na segunda parte, por Steve Bernstein e o seu quartelo Sexmob, banda americana que rompe com ideias já feitas.
Carvalhais foi acompanhado do fabuloso lituano Liudas Mockunas, que dominava por completo o saxofone e o clarinete, numa exibição versátil e forte.
O desafio de Liudas com o saxofonista tenor Fábio Almeida, com Gabriel Pinto ao órgão Hammond, Fernando Rodrigues como sintetizador e Mário Costa na bateria eletrónica, tornou o concerto contemporâneo, profundo e intemporal.
Discografia
Hugo Carvalhais é autor dos álbuns internacionalmente reconhecidos: Nebulosa (2010, Cleen Feed), Partícula (2012, Cleen Feed) e Grand Vallis (2015, Cleen Feed Records), esse questionando o dia a dia e a natureza exterior.
Com uma audiência específica deste tipo de música, a segunda parte do concerto foi espetacular com o trompetista Steve Bernstein, criador, há 25 anos, da bana Sexmob, a interagir com o público, com humor e explicando as canções a executar, e brincando com uma química que mantém o grupo surpreendente. As palmas eram sucessivas e vivas.
Bernstein explica que ao longo de todos estes anos, o quarteto construiu laços duradoiros, e que abraça o risco, não obedece a ideias pré-concebidas, nem alinhamentos. Privilegia os arranjos tocando temas populares com abertura a novas formas e estruturas.
A banda Sexmob assenta nas raízes do jazz e da canção americana. Continua a desenvolver novos caminhos na música do século XXI, inspirados em experiências transformadoras de Bernstein com músico como Lou Reed, Levon Helm, Willner, Sam Rivers; Bernie Worrell, Henry Butler, U2, Little Feat e outras lendas.
