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Israel reconhece ataque acidental a missão da ONU no Líbano durante confronto com Hezbollah

As Forças de Defesa de Israel (FDI) admitiram ontem terem atingido por engano bases da missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) durante confrontos com o Hezbollah, milícia xiita apoiada pelo Irão. O incidente ocorreu no sul do Líbano, onde dois soldados cingaleses da UNIFIL foram feridos. Através de um comunicado, citado pela agência ANSA, as FDI expressaram “profunda preocupação com incidentes desta natureza”, sublinhando que o Hezbollah tem utilizado estruturas civis e as forças da ONU como escudos humanos.

Os combates entre Israel e o Hezbollah intensificaram-se após o início da invasão terrestre israelita no Líbano, resultando em ataques aéreos e bombardeamentos por ambos os lados. Israel tem justificado a sua ofensiva como uma resposta ao disparo de rockets por parte do Hezbollah, que se intensificou em outubro de 2023, após o grupo libanês manifestar apoio ao ataque do Hamas em Israel.

O exército libanês informou ainda que dois dos seus soldados foram mortos num ataque israelita na zona de Kafra, elevando para quatro o número de militares libaneses mortos desde o início dos bombardeamentos em setembro. O Governo libanês apelou hoje ao Conselho de Segurança da ONU para mediar um cessar-fogo imediato, com o primeiro-ministro Najib Mikati a reafirmar o compromisso do Líbano em aplicar a resolução 1701, que prevê o fim das hostilidades e o reforço da presença militar libanesa no sul do país.

Desde o início das hostilidades, mais de 2.100 libaneses, incluindo civis e combatentes do Hezbollah, perderam a vida. Do lado israelita, os ataques do Hezbollah causaram 29 vítimas civis e 39 mortes entre soldados. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou o Líbano para o risco de sofrer a mesma destruição vista em Gaza se não controlar as ações do Hezbollah, e prometeu represálias diretas contra o Irão, acusado de apoiar o grupo com o lançamento de mísseis.

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