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A estranheza dos desportos motorizados em Macau

É com prazer que passo a colaborar no jornal Regiões, até porque percebo que o conceito de “regiões” tem aqui um sentido abrangente e não meramente nacional, incluindo o resto do mundo. Será nessa perspectiva que tentarei contar algumas histórias.

E Macau é um lugar que tem muitas histórias para contar. Nas nossas próximas crónicas iremos viajar pelos 428km de rede de estradas e auto-estradas, contidas numa área total de apenas 118km2, onde residem cerca de 650000 habitantes… mas onde os desportos motorizados, designadamente o automóvel (mas não só, como veremos), têm tradição única na Ásia!

Desde logo, anualmente, várias zonas do território encerram para receber o Circuito da Guia, “o mais antigo da Ásia e com características ímpares, quer em termos de valores culturais, quer em termos humanos”, conforme se inscreve na carta apresentada pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM) para que a prova seja classificada como Património da Humanidade da UNESCO.

O Circuito da Guia, realizado pela primeira vez em outubro de 1954, serve de pista para o Grande Prémio de Macau, único evento de corridas de rua no qual participam motas e carros. Todos os anos, mais de trezentos pilotos se reúnem para o evento que atrai aficionados de todo o mundo. Realizam-se corridas de Fórmula 3, WTCC, motociclismo e Porsche Carrera Cup, entre outras. Desde 2004 que o Grande Prémio inclui provas internacionais de Kart e Motocrosse.

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Sim, Macau tem muitas histórias para contar, numa combinação quase excêntrica pela singularidade, onde de muros seculares brota cultura na forma de festivais, celebrações e outras manifestações artísticas variadas. Mais de 500 anos servindo de ponte entre ocidente e oriente, mistura de culturas que se mantêm desde a chegada das naus portuguesas, bastando passear nas ruas para absorver essas alegorias intemporais.

Foi essa singularidade histórica que motivou outras aventuras ligadas ao automobilismo: várias foram as expedições que tentaram ligar, por via terrestre, Macau e Portugal, algumas bem sucedidas… outras nem tanto!

Merecerá especial relevo o II Raide Macau Lisboa, que seguiu rota proibida desde 1907, atravessando a então URSS: uma dezena de aventureiros, entre os quais três naturais de Macau e dois russos, dispuseram-se a cruzar por estrada, seguindo aproximadamente a Rota da Seda, a República Popular da China e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), os dois gigantes com regimes comunistas à época, antes de entrar na Europa Central e Ocidental a caminho da Torre de Belém onde a viagem terminou.

Também falaremos de hidroaviões, piratas e desastres aéreos.

E, claro, os nossos passeios pelas estradas de Macau serão ao volante de um MiniMoke, o tal Austin Mini adaptado a todo-o-terreno, que se tornou um símbolo de condução divertida em diversos locais exóticos e remotos.

Foto DR

Aceite o convite, escolha a cor do MiniMoke onde quer viajar e saiba como tudo aconteceu.

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Joaquim Correia
Joaquim Correia
“É com prazer que passo a colaborar no jornal Regiões, até porque percebo que o conceito de “regiões” tem aqui um sentido abrangente e não meramente nacional, incluÍndo o resto do mundo. Será nessa perspectiva que tentarei contar algumas histórias.” Estudou em Portugal e Angola, onde também prestou Serviço Militar. Viveu 11 anos em Macau, ponto de partida para conhecer o Oriente. Licenciatura em Direito, tendo praticado advocacia Pós-Graduação em Ciências Documentais, tendo lecionado na Universidade de Macau. É autor de diversos trabalhos ligados à investigação, particularmente no campo musical

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