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A Talhe de Foice……..

A Talhe de Foice – Ainda estávamos em plena romaria da Senhora do Almurtão e eis que estoira a bomba: a Câmara de Idanha-a-Nova tem contas penhoradas no valor de 450 mil euros, porque cuidou mal, mesmo muito mal do que tinha à sua guarda

Recordemos então a história para os mais desmemoriados.

Em 2014, Cristina Rodrigues uma artista plástica em ascensão cria uma obra singular chamada:  A Manta ( The Blanket), que consistia no uso de um adufe, renda de algodão e fitas de cetim. Vivendo em Manchester, cidade do norte de Inglaterra, emigrada, desenvolveu o seu projecto de pesquisa intitulado Design of Desertification dedicado ao estudo dos territórios portugueses de baixa densidade.

Ora, Armindo Jacinto, presidente da autarquia, e homem de “cultura” como se sabe logo despertou para esta artista, pouco conhecida em Portugal e convidou-a a montar uma exposição em Idanha-a-Nova, que foi inaugurada a 8 de Novembro de 2014 com a curadoria de Paulo Longo, funcionário da autarquia. Até aqui tudo funcionou maravilhosamente. Ou não.

Assim, por qualquer razão que não nos é dado conhecer, em período posterior, Cristina Rodrigues acusa o presidente da câmara de ter subtraído duas das peças e de as ter oferecido a Ana Abrunhosa presidente da CCDR Centro e futura ministra e que se tornaria muito sua amiga, usando como quis monumentos que deveriam ter outra solenidade que não a que ela lhes deu. Foram amigos de ocasião.

Curiosamente a artista Cristina Rodrigues resolve colocar um processo ao município que ganha e cujo valor total, sabemos agora, é de mais de 330 mil euros por sete obras totalmente danificadas que lhe foram devolvidas após terem ficada à guarda do município.

O que imposta nesta minha crónica é o seguinte: o desplante com que Armindo Jacinto usa os dinheiros que lhe são confiados para os usar a seu bel prazer, em recursos, neste caso por todas as instâncias até ao constitucional, com elevadíssimos custos de advogados, custas judiciais e agora a brutal indemnização.

Quem foram os culpados? Obviamente, Armindo Jacinto, mas também quem como curador desconheceu as suas responsabilidades e como responsável municipal da área ignorou completamente o que estava em causa e concorreu para a destruição das obras de arte pela guarda incapaz que promoveu. Depois haverá várias outras pessoas que directamente colocaram as obras de arte de forma a não a preservar.

É novidade o que sucedeu? Não.

Armindo Jacinto sempre tratou a sua área de actuação como um menino deslumbrado com o brinquedo novo que depois é substituído por um outro e assim sucessivamente. Foi assim na cultura, foi assim no turismo, foi assim nas finanças.

Impôs um pagamento brutal ao município, que deveria ser seu e deveria abranger também  quem não cuidou do que deveria ter cuidado, mas que aconteceu porque sabem como Armindo Jacinto age. Se tivessem alguma vergonha, um pingo apenas, tinham-se demitido e nunca mais davam à costa.

Que vai acontecer? A quem era o responsável da organização e depois da custódia das peças, nada e continuará a reinar como tem feito, a seu bel prazer. A Armindo Jacinto, nada porque sempre fez o mesmo e continuará a fazer e a outros ainda menos porque se estes não são responsabilizados como poderão sê-lo gente de menores responsabilidades?

Estas situações são recorrentes, de recordar o que aconteceu quando uns tontos agarraram nuns textos de Saramago e os usaram a seu como quiseram e foram descobertos. Não tinham consultado os detentores dos direitos de autor e tiveram de pagar a multa foi de uns milhares de euros e ninguém foi responsabilizado. Claro que quem pagou foi o município, usando o dinheiro de todos.

Repare-se como foi toda a irresponsabilidade: em 2021, a 29 de Janeiro, Armindo Jacinto ia pôr processos crime a todos por ter sido difamado. Já ele sabia bem o que tinha acontecido, o que tinha feito e o que iria suceder em termos de condenação futura.

A irresponsabilidade do uso de dinheiros públicos, neste caso não é um acto de gestão, é apenas uma acto de negócio ilícito, deveria ser severamente punida.

Depois queixam-se que a água está muito cara…..

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Jorge Azinheiro
Jorge Azinheiro
Profissional liberal com conhecimentos profundo (mais de 30 anos de experiência) em marketing e vendas, nas áreas do grande consumo e grande distribuição, TI, APP’s, microelectrónica. Membro do movimento associativo com diversas participações em associações de estudantes, de jovens e recreativas culturais.

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