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Marcelo recorda Papa Francisco como um chefe de Estado “amigo intenso” de Portugal

A partir do Palácio de Belém, o Presidente Marcelo falou, esta noite de segunda-feira ao país, dia em que morreu o Papa Francisco, sobre o “amigo tardio mas intenso” de Portugal, que “nunca” se rendeu “às vestes do cardeal, do Papa”.

O Presidente da República recordou o Papa Francisco, como um chefe de Estado “amigo de Portugal”, de quem guarda o exemplo da “solidariedade” e da “alegria partilhada”.

“Francisco não era um qualquer chefe de Estado amigo de Portugal, era sucessor da primeira entidade universal a reconhecer a nossa independência em 1179, há quase oito séculos e meio”, começou por assinalar Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que o Sumo Pontífice “descobriu Portugal e Fátima na sua vida tarde”, que não conhecia, tornando-se num amigo “intenso” do país.

Nos encontros em 2016, 2019 e 2021, o PR disse guardar a “humildade do pároco nunca rendido às vestes do Papa”: “simples, aberto, generoso, compreensivo e solidário”. “Lembrar Francisco é prosseguir a sua caminhada”, vincou.

Numa declaração de cerca de cinco minutos, o chefe de Estado começou por falar da escolha do nome Francisco que, referiu, foi “muito mais do que o simbólico sucessor de quem nos legitimou como pátria independente”, lembrando que, em 2017, canonizou Francisco e Jacinta Marto, e aí iniciando uma intensa ligação com Portugal, particularmente com Fàtima, que culminou na Jornada Mundial da Juventude, há menos de dois anos, momento inesquecível da presença Portuguesa no Mundo.

Dos encontros que teve com o Papa, Marcelo elencou, “em 2016, 2019, 2021 guardarei, guardaremos a humildade do pároco nunca rendido às vestes do bispo, do cardeal, do Papa. Simples, aberto, generoso, compreensivo, solidário” e de “alegria partilhada”.

“Francisco foi muito mais do que simbólico sucessor de quem nos legitimou como pátria independente, o amigo tardio mas intenso da nossa Nação. Foi talvez a mais corajosa voz de entre os líderes espirituais dos últimos anos 12 anos na defesa da dignidade humana, da paz, da justiça, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, do diálogo entre culturas e civilizações (…) pobres, frágeis, sofredores, excluídos e explorados, rejeitados e esquecidos”

E, prosseguiu, “em nome de todos os portugueses, crentes e não crentes, concordantes ou discordantes, agradeço a Francisco o carinho que devotou a Portugal, mas sobretudo a sua presença ao lado dos que morrem vítimas das diárias negações dos direitos humanos, dos abusos e prepotências de toda a natureza, da primacia da guerra”.

“Lembrar Francisco é prosseguir a nossa caminhada com ele, como ele connosco esteve até ao último dia – ontem em Roma – sempre sem medo. A sua luta não é a de um credo, de uma igreja, de uma casta, de uma raça, de uma idologia, de um ser humano predestinado, a sua luta é de todos e de cada qual. Hoje, amanhã e sempre”, conclui.

A última vez que Marcelo e Francisco estiveram juntos foi em agosto de 2023, depois de terminada a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa.

Francisco liderou a Santa Sé durante 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano. Hoje, segunda-feira 21 de abril, pelas 7h35, morreu, aos 88 anos, vítima de um AVC, seguido de um coma e de um colapso cardiovascular irreversível.

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