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Geringonça à espanhola deu o “sim” à reeleição de Pedro Sánchez

Geringonça à espanhola deu o “sim” à reeleição de Pedro Sánchez. O socialista Pedro Sánchez foi hoje reeleito primeiro-ministro de Espanha pelo parlamento do país com uma maioria absoluta de 179 votos a favor dos 350 deputados espanhóis, assumindo a liderança de um governo de coligação do PSOE com o Somar, uma plataforma de formações de esquerda liderada pela atual ministra do Trabalho, Yolanda Díaz. O primeiro-ministro português já saudou Pedro Sánchez pela sua reeleição como presidente do Governo de Espanha.

Geringonça à espanhola deu o “sim” à reeleição de Pedro Sánchez
DR – Socialista Pedro Sánchez foi reeleito primeiro-ministro de Espanha

Pedro Sánchez foi finalmente investido como primeiro-ministro da nova legislatura espanhola, saída das eleições de 23 de julho.

Sánchez precisava do ‘sim’ de uma maioria absoluta de 179 deputados de oito partidos, numa geringonça de formações de esquerda e direita, regionalistas, nacionalistas e independentistas.

O partido socialista (PSOE) foi a segunda força mais votada nas legislativas e vai assumir o governo em coligação com o Somar, uma plataforma de formações de esquerda e extrema-esquerda, liderada pela atual ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.

O novo Governo foi viabilizado esta quinta-feira, no parlamento, por mais seis partidos: Coligação Canária (CC), Bloco Nacionalista Galego (BNG), Juntos pela Catalunha (JxCat), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), EH Bildu (do País Basco) e Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol).

Amnistia gera polémica

Os acordos para a viabilização do Governo que o PSOE assinou com os dois partidos catalães têm estado no centro de polémica e protestos, por incluírem uma amnistia para as pessoas envolvidas no movimento independentista da Catalunha entre 2012 e 2023, que teve como auge uma declaração unilateral de independência em outubro de 2017.

A amnistia é contestada pela direita e por diversas entidades e setores, incluindo associações de juízes e procuradores, que alertaram para a possibilidade de um ataque ao princípio da separação de poderes, à independência da Justiça e ao estado de direito.

Por outro lado, a amnistia tem também sido contestada nas ruas, como aconteceu no domingo, em manifestações em 52 cidades convocadas pelo Partido Popular (PP, direita), que mobilizaram dois milhões de pessoas, segundo o partido, e 450 mil, segundo as autoridades de segurança.

Na quarta-feira, na abertura do debate da investidura, Sánchez justificou a amnistia por ser a via para recuperar a convivência entre os espanhóis e também a forma de garantir um governo “de progresso” em Espanha face à ameaça da “direita reacionária”.

A amnistia é pedida por 80% dos catalães e defendida por uma maioria absoluta de representantes dos espanhóis no parlamento, realçou Sánchez, que admitiu estar a fazer “da necessidade, virtude”, numa referência aos apoios que teve de reunir para continuar a ser primeiro-ministro.

O líder do PSOE acusou o PP de, como noutros países do mundo, se ter deixado parasitar pela extrema-direita e pelo partido Vox e acrescentou que face “às direitas reacionárias e retrógradas”, que querem “meter as mulheres na cozinha, as pessoas LGBT nos armários e os migrantes em campos de refugiados”, a opção é um novo governo de esquerda apoiado por partidos “com diferenças importantes”, mas que partilham o desejo de fazer o país avançar.

Costa felicita Pedro Sánchez

O primeiro-ministro português saudou Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), pela sua reeleição como presidente do Governo de Espanha, afirmando estar certo que os dois países ibéricos continuarão a desenvolver as relações bilaterais.

“Felicitei Pedro Sánchez pela sua eleição como presidente do Governo espanhol. Estou certo de que continuará a trabalhar para o desenvolvimento das relações entre Portugal e Espanha, em particular das regiões transfronteiriças”, escreveu António Costa na rede social X (antigo Twitter).

António Costa, que se encontra na Guiné-Bissau, onde participou nas comemorações dos 50 anos da independência desta antiga colónia portuguesa, apresentou na semana passada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a sua demissão das funções de primeiro-ministro, depois de o seu nome ter sido envolvido num processo judicial.

Na quinta-feira passada, numa comunicação ao país, o Presidente da República anunciou que vai convocar eleições legislativas antecipadas para o dia 10 de março, às quais António Costa já fez saber que não se irá recandidatar às funções de primeiro-ministro.

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