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Quem é o senhor que se segue no rolar de cabeças da TAP

Já vão em quatro «as cabeças» que rolaram na área governamental por causa do «imbróglio» TAP. Primeiro foi a secretária de Estado Alexandra Reis, por causa da indemnização que recebeu da transportadora aérea, seguiu-se, de uma assentada, o super-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes. Agora foi a vez do adjunto do Ministério das Infraestruturas ser exonerado. Só falta saber: quem é o ministro que se segue…

O povo com a sua sabedoria afiançava, quando surgiu o caso TAP, que “irão rolar cabeças”. Dito e feito… já vão em quatro as demissões/exonerações na esfera governamental, designadamente a secretária de Estado Alexandre Reis, despedida da TAP com uma «óptima» indemnização, e do super-ministro das Infraestruturas e da Habitação e candidato a secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes. Agora, chegou a vez do adjunto do Ministério das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, ser exonerado.

 Frederico Pinheiro ex adjunto de Galamba
DR

A demissão do adjunto do gabinete do ministro das Infraestruturas Frederico Pinheiro, exonerado na quarta-feira, dia 26, pode ser “o principio do fim” do ministro João Galamba, que já veio a público, “numa tentativa de se limpar”, dizer que Frederico Pinheiro teve “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades” das funções que exercia, após a SIC revelar que Frederico Pinheiro coordenou a reunião secreta entre a ex-CEO da TAP e o grupo parlamentar do PS, em janeiro deste ano.

Galamba
DR

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, não tem condições para continuar no Governo”. Quem o diz também é o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento. Em declaração aos jornalistas, na Assembleia da República, o deputado social-democrata já disse que “o ministro está politicamente muito diminuído pela mentira que quis fazer à comissão parlamentar de inquérito” à gestão da TAP.

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Joaquim Miranda Sarmento defende que João Galamba não tem condições para continuar tendo por base revelações do ex-assessor Frederico Pinheiro, entretanto exonerado pelo ministro das Infraestruturas.

De facto, segundo Frederico Pinheiro, o adjunto exonerado, o ministro João Galamba quis ocultar da comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre a TAP as notas da reunião secreta com a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que teve lugar a 17 de janeiro, um dia antes da audição da gestora no Parlamento.

Tudo combinado

Em comunicado enviado às redações, Frederico Pinheiro confirma que houve uma combinação de perguntas e respostas e deixa crer que foi demitido para não revelar a sua versão.

Segundo o comunicado, Frederico Pinheiro manifestou-se contra a decisão do gabinete de Galamba de responder à Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP “de que não existiam notas da reunião” entre o grupo parlamentar do PS e a ex-CEO da companhia aérea. Frederico Pinheiro diz ter indicado “à técnica que, como sabia, tal era falso e que (…) era provável que fosse chamado à CPI e seria obrigado a contradizer a informação que estava naquela proposta, com a qual discordava”.

Ainda de acordo com a nota de Frederico Pinheiro, “no dia seguinte, 25 de Abril”, o ministro das Infra-Estruturas contactou o seu adjunto “por mensagem e por telefone e, em ambas as ocasiões, Frederico Pinheiro deixa claro que a decisão que tomaram de não revelar a existência das notas teria de ser revista”. Ao que, garante, “João Galamba teve uma reação irada”.

Frederico Pinheiro justifica a decisão de levar o computador onde tinha os documentos referentes à reunião, com o objetivo de fazer um “back-up”, até para “se defender no quadro da comissão de inquérito”.

O Ministério chamou a polícia para reaver o computador e apresentou uma queixa-crime contra o ex-assessor. A PJ já abriu um inquérito e a investigação será conduzida pela Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT).

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Alfredo Miranda
Alfredo Miranda
Jornalista desde 1978, privilegiando ao longo da sua vida o jornalismo de investigação. Tendo Colaborado em diferentes órgãos de Comunicação Social portugueses e também no jornal cabo-verdiano Voz Di Povo.

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